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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 9 a 11 de outubro de 2025 | 2025 | 66 (S1) | Page(s) 35


Caso ClÍnico

#038 Extração atípica de incisivos centrais maxilares: Tratamento ortodôntico interdisciplinar


a Clínica Lambert , Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa

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Volume - 66
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 35
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Received on 09/10/2025
Accepted on 09/10/2025
Available Online on 09/10/2025


Introdução: O tratamento ortodôntico com exodontia de ambos os incisivos centrais superiores é raro. Todavia, esta opção terapêutica é considerada uma alternativa aceitável quando o prognóstico destes dentes é muito reservado. Descrição do Caso Clínico: Menino de 13 anos e 10 meses foi referenciado por ´falta de espaço”. História pregressa de traumatismo do 11 e 21 com avulsão e reimplante, seguido de tratamento endodôntico. Exame extra-oral frontal: arco do sorriso não consonante, desvio da linha média superior e ausência de exposição gengival no sorriso. Perfil cutâneo reto, nariz grande e progenia. Exame intra-oral: dentes 11 e 21 com alteração de cor, mas sem sinais de anquilose, 12 e 22 com coroas clínicas grandes, Classe II molar bilateral, sobremordida horizontal e vertical aumentadas, mordida em tesoura no 17, discrepância dentomaxilar negativa, mais severa na maxila do que na mandibula. Ortopantomografia ilustra uma dentição permanente completa (23 incluso e gérmen de 3ºs molares), 11 e 21 com raízes endodonciadas e reabsorvidas severamente e 12 e 22 com raízes íntegras. Na cefalometria há uma relação intermaxilar neutra por normoposição bimaxilar, hipodivergência por rotação anti-horária da maxila e mandíbula e retroinclinação dos incisivos superiores. O tratamento ortodôntico foi feito com aparelhos fixos Roth, slot .018, técnica de arco reto e mecânica de deslizamento. Depois da remoção de braquetes, seguiu-se o tratamento periodontal e prostodôntico, após o qual se colocou a contenção definitiva. Discussão e Conclusões: Incisivos centrais maxilares permanentes inviáveis num doente em crescimento representam um desafio clínico para qualquer médico dentista. Das hipóteses possíveis (implantes, próteses parciais removíveis, fixas ou autotransplantes) a mais plausível foi fechar os espaços ortodonticamente, mesializando os laterais e deixando os dentes em posição favorável para posterior reanatomização. As vantagens foram solucionar o apinhamento, preservar dentes naturais e prevenir a necessidade futura de implantes. O desafio foi garantir que laterais, caninos e 1ºs pré-molares superiores espelhassem, estética e funcionalmente, os centrais, laterais e caninos, respetivamente. Para o sucesso do tratamento foi fundamental um diagnóstico, planeamento e tratamento em equipa multidisciplinar. Apesar do follow-up ser ainda a 6 meses, a literatura reporta um prognóstico favorável a longo prazo em casos de extrações atípicas.


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