Abstract

Objectives: To investigate the impact of chemotherapy on the oral health and quality of life of patients at the Oncology Department of Vila Franca de Xira Hospital. Methods: This cross-sectional observational study, with an analytical component, involved 76 patients aged between 18 and 65 in the hospital's Oncology Department. A questionnaire was administered to participants about changes in oral health and oral hygiene habits during chemotherapy, and to doctors to collect medical information related to chemotherapy. Data were analyzed using IBM SPSS Statistics V.27, using descriptive and inferential methods at a 5% significance level (p<0.05). Results: After the start of chemotherapy, 89.5% of respondents experienced at least one oral alteration; the most common conditions that negatively impacted quality of life were edema of the mouth (p=0.050), trismus (p=0.040), mucositis (p=0.008), ulcers (p=0.008), and oral pain (p=0.003). More than 50% of respondents had an unsatisfactory oral health-related quality of life. Only the monoclonal antibody protocol was significantly associated (p=0.035) with oral symptoms, while the anthracycline group protocol was associated with a higher frequency of oral manifestations. Conclusions: The participants in the study had a high prevalence of self-reported oral alterations resulting from chemotherapy, with an impact on quality of life related to oral health, and there were differences between protocols. Understanding the signs and symptoms can help improve quality of life, enabling preventive actions.

Resumo

Objetivos: Investigar o impacto da quimioterapia na saúde oral e na qualidade de vida dos pacientes do Serviço de Oncologia do Hospital de Vila Franca de Xira. Métodos: Este estudo observacional transversal, com componente analítica, envolveu 76 pacientes com idades entre os 18 e 65 anos no Serviço de Oncologia do hospital. Foi aplicado um questionário aos participantes sobre mudanças na saúde oral e hábitos de higiene oral durante a quimioterapia e aos médicos para recolha de informações médicas relacionadas com a quimioterapia. Os dados foram analisados no IBM SPSS Statistics V. 27, através de análise descritiva e inferencial para um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Após o início da quimioterapia, 89,5% dos entrevistados sofreram pelo menos uma alteração oral; as condições mais comuns que impactaram negativamente a qualidade de vida foram o edema da boca (p=0,050), trismo (p=0,040), mucosite (p=0,008), úlceras (p=0,008) e dor oral (p=0,003). A qualidade de vida relacionada com a saúde oral foi insatisfatória em mais de 50% dos entrevistados. Apenas o protocolo dos anticorpos monoclonais está significativamente associado (p=0,035) aos sintomas orais, enquanto o protocolo do grupo das antraciclinas está associado a uma maior frequência de manifestações orais. Conclusões: Os participantes do estudo apresentam uma alta prevalência de alterações orais autorrelatadas decorrentes da quimioterapia, com impacto na qualidade de vida relacionada com a saúde oral, havendo diversas entre protocolos. Compreender os sinais e sintomas pode ajudar a melhorar a qualidade de vida, possibilitando ações preventivas.