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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXIII Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Coimbra, 26 a 28 de maio de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 63-64


#SPODF2022-2 Movimento ortodôntico na proximidade do seio maxilar – Um caso clínico





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 63-64
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Received on 26/05/2022
Accepted on 26/05/2022
Available Online on 26/05/2022


Introdução: A teoria clássica do movimento dentário ortodôntico baseia-se no equilíbrio dinâmico entre reabsorção óssea no lado da pressão e aposição no lado da tensão do ligamento periodontal. Esta teoria tem sido aplicada com sucesso no movimento dos dentes dentro do osso alveolar. No entanto, quando existe contacto entre o seio maxilar e as raízes dentárias, a situação clínica é mais complexa, devido ao risco de movimento contra a cortical ou de reaborção radicular, o que tem gerado algum receio e incerteza entre os ortodontistas, quando existe a necessidade de mover dentes nestas circunstâncias. Estudos recentes revelaram existir um padrão biomecânico particular nestes casos, no qual o stress mecânico gerado por forças ortodônticas leves e controladas consegue induzir osteogénese no lado de pressão antes de ocorrer reabsorção óssea, permitindo assim manter a espessura de osso na parede do seio ao longo do movimento. Descrição do Caso Clínico: Apresenta-se o caso de uma paciente jovem adulta do sexo feminino, com Classe II subdivisão direita, diastemas generalizados, múltiplas ausências dentárias (16, 17, 26, 36, 46, 47) e pneumatização do seio maxilar na zona pós-extracional do 26. Foi planeado realizar tratamento ortodôntico com apa- Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2022;63(S1):63-67 relho fixo bimaxilar e posterior reabilitação com implantes. No 2º e 3º quadrantes, optou-se por encerrar completamente os espaços, e no 1º e 4º quadrantes decidiu-se encerrar parcialmente os espaços e colocar posteriormente apenas 2 implantes (16 e 46). Devido à necessidade de planeamento da reabilitação, foi realizada uma tomografia computorizada de feixe cónico, a qual, juntamente com a ortopantomografia de controlo ortodôntico, mostrou uma evidente remodelação da parede do seio maxilar que acompanhou a mesialização do dente 27, mantendo sempre a sua integridade. Foi, assim, possível evitar a hipótese mais invasiva de cirurgia adicional de elevação do seio maxilar e colocação de implante no 26, que seriam inevitáveis sem o tratamento ortodôntico. Conclusões: Este caso clínico permite demostrar que é possível realizar movimento dentário na proximidade do seio maxilar, devido à remodelação da parede óssea do mesmo que acompanha o movimento. Para além disso, é de salientar a utilidade da tomografia computorizada de feixe cónico neste tipo de pacientes, uma vez que é o único exame complementar de diagnóstico que permite visualizar tridimensionalmente a relação entre as raízes dos dentes e o seio maxilar.


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