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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 69


Investigação Original

#172 Atratividade da Face e Cefalometria Clínica – Estudo de Regressão Quadrática





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 69
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: O presente estudo teve por objetivo avaliar a possível existência de uma correlação quadrática entre várias medições cefalométricas e a atratividade da face, avaliada em fotografias de frente em repouso, de frente a sorrir e de perfil. Materiais e métodos: Vinte e uma medições cefalométricas foram obtidas a partir de teleradiografias de perfil de 60 indivíduos com padrões sagitais de classe I, II e III, 20 com cada tipo de relação esquelética. As radiografias foram obtidas antes do tratamento ortodôntico e as classes II e III tinham indicação para tratamento cirúrgico-ortognático. A atratividade da face foi avaliada em fotografias vistas de frente, de frente a sorrir e de perfil, por um grupo de leigos através de uma Escala Visual Analógica. A eventual presença de uma correlação não-linear, de forma parábolica, entre a atratividade e os valores obtidos na análise cefalométrica das radiografias de perfil foi avaliada com uma análise de regressão quadrática. O nível de significancia estatistica foi fixado em 5%. Resultados: A atravidade da face de frente em repouso, correlacionou? se de forma significativa com a distância do lábio superior (p = 0.002; r = 0.45) e inferior (p = 0.005; r = 0.41) à linha Sn? Pg’; com a distância do lábio inferior à linha Prn? Pg’ (p = 0.009; r = 0.39); e com os ângulos do plano mandibular (p < 0.000; r = 0.51) e ANB (p = 0.004; r = 0.42). A face de frente a sorrir correlacionou? se com a distância do lábio superior (p = 0.001; r = 0.46) e inferior (p = 0.004; r = 0.42) à linha Sn? Pg’; e os ângulos do plano mandibular (p = 0.001; r = 0.48) e SNB (p < 0.003; r = 0.44). A atratividade do perfil correlacionou? se com a distância do lábio superior (p = 0.004; r = 0.42) e inferior (p = 0.006; r = 0.41) à linha Sn? Pg’; com a distância do lábio inferior à linha Prn? Pg’ (p = 0.006; r = 0.41); e com o ângulo do plano mandibular (p < 0.001; r = 0.46). Conclusões: Foram encontradas correlações entre diversas variáveis cefalométricas que medem a protrusão labial e a atratividade da face, não só no perfil mas também nas vistas de frente em repouso e a sorrir. Algumas medições dos tecidos duros, especialmente o ângulo do plano mandibular, também revelaram uma correlação significativa com a atratividade da face. Estas correlações têm a forma de uma parábola, existindo um valor cefalométrico ideal que corresponde ao máximo de atratividade, a partir do qual esta decresce. Estes valores não coincidem com as normas cefalométricas.


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