Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 22-23
Casos Clínicos
#059 Classe III – fase 1, fase 2 e pós-contenção – Caso clínico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 22-23
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Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
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Resumo
Introdução: Nos casos de má-oclusão Classe III pode observar- se retromaxila, promandibulia ou uma combinação destes sinais, e, muitas vezes associada a uma atresia maxilar que geralmente se manifesta por mordidas cruzadas anteriores, posteriores, uni ou bilaterais. O relato deste caso clínico tem como objetivo avaliar os efeitos no perfil facial e na oclusão da terapia ortodôntica intercetiva (fase 1). O tratamento realizado com expansão e avanço maxilar foi executado na fase de crescimento para que atuasse no sistema sutural e o efeito ortopédico fosse efetivo. A colaboração do paciente é importante para o sucesso do tratamento, o tempo de uso da máscara na é primordial para que os efeitos faciais e oclusais se verifiquem. O desafio na fase de aparelho fixo bimaxilar (fase 2) foi o controlo da estabilidade oclusal, atendendo às múltiplas agenesias existentes (15, 35, 45, 37, 47). No final do tratamento ortodôntico, a idade da doente ainda não permite uma reabilitação protética adequada, assim ao controlo (pós? contenção) para a futura reabilitação protética associa? se a necessidade de acompanhamento dos pacientes com má oclusão de Classe III até o final do crescimento. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino com 8 anos de idade, braquifacial, padrão esquelético de Classe III, perfil côncavo e retrusivo. Retromaxila e promandibulia com retro? inclinação incisiva mandibular. Compressão maxilar, apinhamento na arcada maxilar de 11 mm e agenesia de dentes 15, 35, 45, 37 e 47. Sobremordida horizontal de ?1 mm e vertical de 1,5 mm. Discussão e conclusões: Plano de tratamento: fase 1 – disjunção e avanço da maxila associado à utilização de mascara facial. Fase 2 – aparelhagem fixa bimaxilar, exodontia de 25 para manter simetria da arcada. Intrusão de 17 e 27 com recurso a micro?implantes, gestão do espaço para futura reabilitação protética devido as agenesias de 35 e 45. Finalização da oclusão em Classe II terapêutica molar, permitindo uma estabilidade oclusal do sector posterior. Controlo pós?contenção (4 anos), já no final do crescimento com estabilidade oclusal para eventual reabilitação protética. O tratamento intercetivo associado a uma fase 2 com preciso controlo dos espaços e finalização em Classe II terapêutica molar numa Classe III esquelética, permitiu uma estabilidade oclusal durante a fase pós contenção, necessária à futura reabilitação protética.