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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 15


Casos Clínicos

#037 “Dens in Dente” – um desafio endodôntico





Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 15
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Introdução: O dens in dente (dente invaginatus) é uma alteração de desenvolvimento dentário resultante de uma invaginação de esmalte e dentina. A profundidade da invaginação varia desde um ligeiro aumento do cíngulo até um profundo sulco que se estende ao ápice. Tem uma prevalência de 0,04% ?10%, sendo mais frequente na maxila e nos incisivos laterais; podendo ser único, múltiplo ou bilateral. Apresenta etiologia controversa: traumatismos, infeções ou componente hereditário. Os dens in dente classificam?se em coronários ou radiculares (mais raros). Segundo Oehlers, os dens in dente coronários classificam? se em tipo I (invaginação limitada à coroa), tipo II (invaginação estende? se abaixo da junção amelo? cementaria, terminando em fundo cego, podendo ter comunicação com a polpa) e tipo III (invaginação estende? se através da raíz e se perfura a área apical classifica?se em tipo IIIb ou se perfura lateralmente classifica?se em tipo IIIa). Descrição do caso clínico: B.S., sexo feminino, 14 anos, recorre à consulta por abcessos de repetição que motivaram vários internamentos hospitalares. Tem história de sinusite crónica com vários períodos de agudização. Ao exame objetivo, o dente 1.3 apresentava alteração da morfologia e da cor da coroa, desconforto à percussão, teste de vitalidade negativo ao frio e um trajeto sinusal com drenagem purulenta por vestibular. Radiologicamente, no interior do dente 1.3 observava?se um saco radiolúcido rodeado por bordos radiopacos, que corresponderia à invaginação, e uma lesão apical radiolúcida com cerca de 12mm. Discussão e conclusões: O diagnóstico definitivo é um dens in dente tipo II num dente 1.3 necrosado com lesão apical. A abordagem terapêutica destes casos tem de ser individualizada, tendo como objetivo a eliminação da dor, preservação da estrutura dentária e reabilitação do dente. Como primeira linha considera? se o tratamento endodôntico convencional, sendo o tratamento cirúrgico reservado para os casos em que existe falência do primeiro, grandes alterações anatómicas ou dificuldade no acesso a todas as partes da estrutura canalar. Neste caso efetuou? se o tratamento endodôntico convencional e apexificação, tendo como dificuldades acrescidas o ápex aberto e uma invaginação com extensão ao terço apical da raiz.


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