Abstract

Objectives: This study aimed to assess the tobacco use by Portuguese dentists and their intervention in their patients' tobacco prevention and cessation. Methods: In 2006, a questionnaire was mailed to 5298 Portuguese dentists. This questionnaire focused on their tobacco use habits and their attitude toward tobacco prevention and cessation in their patients. In 2013, a second questionnaire was emailed to 7434 Portuguese dentists. Besides the same questions of the first one, it also focused on the characterization of the dentists' tobacco use habits and their perceived obstacles to tobacco prevention and cessation in patients. The data were analyzed using the Pearson's chi-square test. Results: A total of 1704 (32.2%) and 2048 (27.5%) inquiries answered the questionnaires completely in 2006 and 2013, respectively. Tobacco use was more frequent (p<0.001) among the dentists of the 2006 questionnaire (38.8% vs. 28.4%), who also showed more attempts and intents to quit smoking (p<0.001). The attitude toward their patients' tobacco use habits was stronger in the dentists of the 2013 questionnaire (p<0.001). The 2013 questionnaire's results revealed that only a few of the inquiries knew the 5As approach (17.0%) and prescribed pharmacological aids to quit smoking (4.0%) or a nicotine replacement therapy (12.0%). However, most of them showed potential interest in attending training sessions to learn how to help their patients quitting smoking. Conclusion: Although there is a high prevalence of tobacco use among Portuguese dentists, they usually advise their patients to quit smoking. Dentists need more training in tobacco cessation.

Resumo

Objetivos: Avaliar o hábito tabágico e a intervenção dos médicos dentistas portugueses na prevenção e cessação tabágica dos seus pacientes. Métodos: Em 2006 foi enviado um questionário por correio para 5298 médicos dentistas sobre o seu consumo tabágico e a sua atitude relativamente à prevenção e cessação tabágica nos seus pacientes. Em 2013 foi enviado outro inquérito por e-mail para 7434 médicos dentistas. Neste inquérito acrescentaram-se perguntas para a caraterização do consumo tabágico do médico dentista e dos obstáculos na prevenção e cessação tabágica nos pacientes. Os dados foram analisados com o teste do qui-quadrado de Pearson. Resultados: Foram obtidas 1704 (32,2%) e 2048 (27,5%) respostas completas em 2006 e 2013, respetivamente. O consumo de tabaco era mais frequente (p<0,001) nos médicos dentistas do inquérito de 2006 (38.8% vs 28.4%), que apresentaram também mais tentativas e intenções para cessar o consumo (p<0,001). A conduta relativamente ao consumo tabágico dos seus pacientes é mais vincada nos médicos dentistas do inquérito de 2013 (p<0,001). O questionário de 2013 revelou que apenas poucos conhecem a abordagem 5A (17%) e prescrevem ajuda farmacológica para deixar de fumar (4%) ou uma terapia de reposição nicotínica (12%). Contudo, a maioria mostra interesse em participar em ações de formação para se preparar para ajudar os seus pacientes na cessação tabágica. Conclusão: Existe uma elevada prevalência de consumo tabágico entre os médicos dentistas portugueses mas habitualmente estes aconselham os seus pacientes a deixarem de fumar. Torna-se necessário uma maior formação dos médicos dentistas em cessação tabágica.