Abstract

Objectives: Apical periodontitis is a lesion of endodontic origin caused by an immune response to necrotic and infected dental pulp. Since apical periodontitis can persist after endodontic treatment, radiographic diagnosis is crucial. This study evaluates factors associated with the prevalence of apical periodontitis in a Portuguese population using the full-scale periapical index. Methods: A cross-sectional study analyzed 402 medical records and panoramic radiographs from January to May 2023. The periapical status, presence of apical periodontitis, quality of endodontic treatment, quality of coronal restoration, presence of caries lesions, and presence of retained root fragments were assessed. The correlation between these variables was examined. Results: Among 9056 teeth, 4.7% presented apical periodontitis (periapical index ≥3), and 53.3% of participants had fewer than one apical periodontitis lesion. Of 437 teeth with endodontic treatment, 300 (69.6%) did not have apical periodontitis, while 131 (30.4%) had apical periodontitis. A significant statistical relationship (p<0.05) was observed between apical periodontitis and other dental conditions, including the presence of retained root fragments, caries lesions, the quality of endodontic treatment, and the quality of restoration. The strongest correlation was found between apical periodontitis and the quality of endodontic treatment (Cramer’s V = 61%), while no consistent correlations were observed with other variables. Conclusions: The prevalence of apical periodontitis was higher in teeth with endodontic treatment, with a strong correlation with treatment quality. The presence of caries lesions, coronal restorations, and retained root fragments also influenced the occurrence of apical periodontitis, reinforcing the need for further studies.

Resumo

Objectivos: A periodontite apical é uma lesão de origem endodôntica causada pela resposta imunológica à polpa dentária necrótica e infetada. Como pode persistir após o tratamento endodôntico, o diagnóstico radiográfico é essencial. Este estudo avalia os fatores associados à sua prevalência numa população portuguesa, utilizando o índice periapical. Métodos: Estudo transversal com a análise de 402 registos clínicos e radiografias panorâmicas entre janeiro e maio de 2023. Avaliaram- se o estado periapical, a presença de periodontite apical, a qualidade do tratamento endodôntico e da restauração coronária, lesões de cárie e fragmentos radiculares retidos. Foram analisadas correlações entre estas variáveis. Resultados: De entre 9056 dentes analisados, 4,7% apresentavam periodontite apical (índice periapical ≥ 3) e 53,3% dos participantes tinham menos de uma lesão de periodontite apical. Dos 437 dentes tratados endodonticamente, 300 (69,6%) não apresentavam periodontite apical, enquanto 131 (30,4%) apresentavam. Foi observada uma correlação estatisticamente significativa (p<0,05) entre periodontite apical e fatores como fragmentos radiculares retidos, lesões de cárie, qualidade do tratamento endodôntico e qualidade da restauração. A correlação mais forte foi encontrada entre periodontite apical e qualidade do tratamento endodôntico (V de Cramer = 61%), não tendo sido observadas correlações consistentes com outras variáveis. Conclusões: A prevalência de periodontite apical foi maior em dentes com tratamento endodôntico, correlacionando-se fortemente com a sua qualidade. Lesões de cárie, restaurações coronárias e fragmentos radiculares retidos também influenciaram a ocorrência de periodontite apical, reforçando a necessidade de estudos adicionais.