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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Endodontologia (SPE) Guimarães, 27 e 28 de Setembro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 82


Caso ClÍnico

#SPE-C19 Reabsorção cervical externa – A propósito de um caso clínico


a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Caso ClÍnico
Pages - 82
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Received on 27/09/2024
Accepted on 27/09/2024
Available Online on 27/09/2024


Introdução: A etiologia da reabsorção cervical externa permanece desconhecida, mas acredita-se que resulte de dano causado ao cemento, porção que envolve a raiz do dente. O processo resorptivo é despoletado por odontoclastos, que por norma penetram no dente através de um ou mais pontos de entrada, progredindo circunferencialmente e/ou na direção corono-apical dentro da raiz. Clinicamente, a reabsorção cervical externa apresenta-se com uma cavitação cervical e/ou uma descoloração rosada do esmalte sobrejacente. Em muitos casos, o diagnóstico é realizado somente após exame e interpretação radiográficos. O defeito deve ser completamente desbridado e selado para prevenir a revascularização e posterior ação clástica. Descrição do caso clínico: Um paciente do sexo masculino, com 30 anos, compareceu a uma consulta de medicina dentária com uma cavitação de grandes dimensões ao nível justa- -gengival da coroa clínica do dente 11. O exame radiográfico, que incluiu a realização de uma radiografia periapical e de um CBCT, revelou uma região radiolúcida de grandes dimensões ao mesmo. Após a realização de testes de sensibilidade, concluiu-se que havia vitalidade pulpar, com diagnóstico pulpo-periapical de pulpite irreversível assintomática e tecidos periapicais normais, respetivamente. A abordagem clínica consistiu na realização de uma incisão gengival na base das papilas e no descolamento de um retalho triangular de espessura total. Após remoção do tecido de granulação, foi realizado o tratamento endodôntico não cirúrgico. O sistema de canais radiculares foi instrumentado até uma lima Protaper Gold F3 e obturado com cimento AH Plus e com a técnica de onda contínua de calor. Na mesma consulta, foi realizada uma restauração direta em resina composta e o retalho foi suturado. Após seis meses, o dente mantém-se assintomático e sem sinais de lesão periapical ou progressão da reabsorção cervical externa. Discussão e conclusões: O diagnóstico precoce das reabsorções cervicais externas é fundamental para a manutenção da peça dentária. O CBCT é imperativo para o correto diagnóstico tridimensional da lesão e o planeamento previsível do seu tratamento.


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