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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 56


Investigação Original

#116 Musicoterapia como técnica de controlo comportamental em Odontopediatria – Estudo piloto


a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Coimbra, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 56
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: A ansiedade dentária é uma condição frequentemente observada em contextos clínicos, experienciada por uma parte significativa da população, sendo o grupo etário pediátrico particularmente vulnerável – dependendo dos estudos, a prevalência varia entre 6 e os 42% . Daqui advém a necessidade de o médico dentista investir tempo para que a consulta flua com sucesso, podendo fazê- lo através da aplicação de técnicas de controlo comportamental, nomeadamente a musicoterapia. Esta técnica envolve a utilização de sons ou músicas pré-determinados e aprovados pelo profissional, permitindo ao paciente abstrair- se do ambiente circundante. O presente estudo objetivou estabelecer a comparação entre a eficácia de execução de uma consulta com musicoterapia com uma consulta sem o recurso à mesma. Métodos: 4 pacientes com idades entre 4 e 8 anos foram selecionados, seguindo os critérios de inclusão e exclusão, para participar no estudo. Todos necessitavam de tratamento restaurador em, pelo menos, 2 dentes. Após essa seleção, foram realizadas 2 consultas: na primeira, o procedimento foi realizado sem musicoterapia e apenas utilizando técnicas básicas de controlo comportamental (grupo A); a segunda, foi conduzida com a utilização de musicoterapia (o paciente escolheu uma música da sua preferência) (grupo B). Nesta consulta, o tratamento foi realizado ouvindo música num tablet com auscultadores de ouvido. Terminada cada consulta, o médico dentista avaliou a ansiedade e o comportamento do paciente, segundo a Escala de Avaliação da Ansiedade e do Comportamento de Venham, e o paciente fez uma autoavaliação da sua postura, utilizando o Teste de Imagem de Venham. Resultados: Para cada grupo foram analisados 4 resultados – estabeleceu- se uma comparação entre grupos, para compreender qual era a diferença entre intervenções. Assim sendo, observou- se que no que é respeitante à ansiedade, a diferença era de -0.75 ± 0.96; ao comportamento de -0.25 ± 1.71; quanto ao Teste de Imagem de Venham de -0.50 ± 1.29. Conclusões: Conclui-se que a musicoterapia revela resultados promissores graças ao seu potencial impacto no comportamento dos pacientes, contudo, ainda não há evidência conclusiva sobre o seu efeito significativo. Daqui, surge a complexidade associada às intervenções terapêuticas e a necessidade de realizar mais pesquisas sobre o tema, desenvolvendo estudos com amostras maiores e uma padronização mais concisa das metodologias.


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