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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIV Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Porto, 11 a 12 de outubro de 2024 | 2024 | 65 (S1) | Page(s) 56


Investigação Original

#115 Saúde oral comunitária: Intervenção em odontogeriatria no Grande Porto


a School of Dentistry, School of Health Sciences (FCS), Universidade Fernando Pessoa (UFP), Porto, Portugal

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Volume - 65
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 56
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Received on 11/10/2024
Accepted on 11/10/2024
Available Online on 11/10/2024


Objetivos: A relevância da pesquisa proposta baseia-se na grande necessidade de intervenção na saúde oral dos idosos. A seleção da população institucionalizada é justificada por sua crescente representatividade e fragilidade. Neste estudo apresentam-se resultados sobre higiene oral nesta população, pela importância do controlo eficaz da placa bacteriana na manutenção da saúde oral e geral, e pelo objetivo de analisar possíveis estratégias de acompanhamento por parte dos cuidadores, visando a adoção de modelos de intervenção nas instituições que atendem este grupo populacional. Métodos: O presente projeto de investigação inclui: consultoria avançada, formação, interação e mobilização na comunidade e visa promover a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde Oral bem como o Estado de Saúde (Saúde Oral) numa população geriátrica do Grande Porto. Após parecer positivo da Comissão de Ética competente (Número FCS-PI 447/23-4), foi realizado um teste piloto nas instalações do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Boavista com uma amostra constituída por homens e mulheres. Foram considerados como critérios de inclusão: Utentes (mulheres e homens) que frequentem a instituição de acolhimento de idosos – Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Boavista; Idade superior a 65 anos; Idosos de qualquer nacionalidade; Idosos com consentimento informado assinado pelo próprio. Como critérios de exclusão: Idosos não colaborantes, que impeçam a recolha de dados. Resultados: O estudo inclui 21 participantes, dos quais 67% dos participantes não possuem práticas de higiene oral. Dos utilizadores de prótese dentária (n=13), 9 mantêm práticas adequadas de desinfecção das próteses, enquanto 4 utilizam próteses sem as desinfetar. Os idosos avaliados não tiveram adequado acesso a programas de prevenção, promoção e educação em saúde oral. Isso resultou no desenvolvimento de hábitos e atitudes menos positivos em relação à saúde oral, levando à acumulação de necessidades orais que foram mal atendidas ou até mesmo negligenciadas ao longo dos anos. Conclusões: Este estudo demostra ser imperativo implementar medidas de intervenção para corrigir hábitos de higiene oral e desinfeção de próteses dentárias. A combinação de uma saúde oral precária com a presença de doenças crónicas e agudas pode criar uma espiral negativa, prejudicando a saúde em geral. A higiene oral, assim como outras necessidades básicas diárias, deve ser incorporada na rotina de cuidados prestados aos residentes que não podem cuidar de si mesmos.


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