Abstract

Traditional removable partial dentures (RPDs) with cobalt-chromium frameworks have been used for several decades, restoring the masticatory function. However, these frameworks have been documented as aesthetically unacceptable due to the display of metal clasps. The patients' increased demands regarding the aesthetic aspects of rehabilitation treatment led to the introduction of new, more aesthetic materials in clinical practice. One of the main materials is polyetheretherketone (PEEK). This clinical report presents PEEK as an alternative material for fabricating RPD frameworks for a Class III Kennedy partial edentulous mandible. The framework was constructed using CAD/CAM manufacturing, and the process combined laboratory scanning, digital framework design, resin try-in milling, and PEEK framework milling. The framework showed good adaptation to the abutment teeth and surrounding tissues. The patient was followed for 2 years without complaints and was grateful for the aesthetics. During this period, there were no signs of degradation in the framework, and the clasps were still as retentive as they were at the initial appointment, with only some pigmentation of the structure being observed.

Resumo

As estruturas das próteses parciais removíveis (PPR) em cobalto-crómio (Co-Cr), utilizadas há várias décadas, têm permitido devolver a função mastigatória aos pacientes parcialmente desdentados. No entanto, estas estruturas não preenchem na totalidade o critério estético, sendo uma queixa recorrente a visibilidade do metal das unidades gancho. Com a crescente exigência estética imposta pelos pacientes em relação ao tratamento reabilitador, surgiu a necessidade do desenvolvimento de novos materiais com esta capacidade. Um material que tem permitido dar resposta a este requisito é o poliéter-éter-cetona (PEEK). O caso clínico apresentado descreve o fabrico da estrutura de uma PRR para a reabilitação de uma desdentação mandibular Classe III de Kennedy, usando o PEEK como material alternativo ao Co-Cr. A estrutura foi construída com tecnologia CAD/CAM. O processo combinou a digitalização dos modelos de gesso em laboratório, desenho digital da estrutura, fresagem duma estrutura de prova em resina e fresagem da estrutura em PEEK. A estrutura mostrou- -se bem-adaptada aos dentes pilares e tecidos de suporte. A paciente foi seguida durante 2 anos, tendo-se mostrado muito satisfeita em relação ao tratamento reabilitador, quer quanto ao conforto e função, quer quanto ao resultado estético. Passado este período, a estrutura da PPR não mostrou sinais de degradação e os ganchos apresentavam-se retentivos como na consulta de inserção, observando-se apenas alguma pigmentação da estrutura.