Resumo

Objetivos: Avaliar a influência do diâmetro de implantes dentários e da densidade óssea na estabilidade primária implantar. Materiais e métodos: Neste estudo in vitro foram colocados 4 implantes OSSEOTITE® Parallel Walled Implants (BIOMET 3i®, USA) com diâmetros de 3.25 mm, 3.75 mm, 4.1 mm e 5.0 mm (Subgrupos A, B, C, D, respetivamente) e com comprimento constante de 10.0 mm, num corpo de prova de poliuretano que simula o substrato ósseo com 5 diferentes densidades, nomeadamente 10 PCF, 15 PCF, 20 PCF, 30 PCF e 40 PCF (Grupos Teste 1, 2, 3, 4 e 5). Cada implante foi inserido e removido 8 vezes em cada densidade, sendo que, após cada inserção, foram feitas três medições da estabilidade primária por Análise de Frequência de Ressonância (AFR), utilizando o dispositivo Osstell® Mentor (Osstell, Gotemburgo, Suécia), através dos valores do Implant Stability Quotient (ISQ). Para comparações entre Subgrupos e entre Grupos Teste foi utilizado o teste estatístico de Kruskal-Wallis com um nível de significância de 5%. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) nos valores de ISQ entre os diferentes Subgrupos e entre todos os Grupos Teste. Quanto ao estudo do diâmetro implantar, o Subgrupo C apresentou consistentemente (p<0,05) os maiores valores de ISQ. Considerando o estudo da densidade óssea, foi para o Grupo Teste 5 que se verificaram os maiores valores de ISQ (p<0,05). Conclusões: Dentro das limitações do estudo, os resultados sugerem que o diâmetro dos implantes dentários e a densidade óssea têm influência na estabilidade primária, sendo, de entre estas, a segunda variável a mais significativa.