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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Oeiras, 13 a 14 de outubro de 2023 | 2023 | 64 (S1) | Page(s) 10


#022 Fratura Alveolar da Mandíbula em Idade Pediátrica





Volume - 64
Supplement - S1

Pages - 10
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Received on 13/10/2023
Accepted on 13/10/2023
Available Online on 13/10/2023


Introdução: O desenvolvimento motor global da criança apresenta dos 2 aos 4 anos um importante incremento. Neste sentido o trauma da face resultante do ato de brincar e quedas associadas é causa de 20 a 30% das fraturas pediátricas maxilofaciais. As fraturas mandibulares representam 5 a 50%, acompanhando- se frequentemente de fraturas alveolares e dentárias. Segundo Clark as fraturas alveolares são classificadas em 4 classes. A Classe I refere-se ao processo alveolar edêntulo e a Classe II, ao processo alvelolar com dentes, com luxação ligeira ou ausente. A Classe III envolve um segmento dentário com luxação moderada a severa e a Classe IV a fratura do processo alveolar, com partilha de traços de fratura com outras fraturas do esqueleto de suporte dentário.3 A intervenção cirúrgica nestas fraturas pretende estabelecer uma oclusão funcional e limitar o impacto no desenvolvimento craniofacial e dentário. As férulas de acrílico autopolimerizável acompanhadas de cerclagem com fios de aço, constituem uma solução eficaz na estabilização das fraturas alveolares mandibulares, evitando os riscos de lesão dos germens dentários, quando comparadas com a fixação interna com placas e parafusos de osteossíntese. Descrição de caso clínico: Criança do género feminino de 3 anos, que em julho de 2023 foi trazida ao Serviço de Urgência de Estomatologia do Hospital de Santa Maria, por lesão traumática do 1/3 inferior da face. Ao exame objetivo apresentava vestibularização em bloco dos incisivos decíduos inferiores, condicionando mordida cruzada e hematoma lingual. A TC maxilofacial revelou fratura alveolar com traços de fratura a distal de 72 e 82. A doente foi intervencionada sob anestesia geral realizando-se redução da fratura e estabilização da mesma com férula em acrílico autopolimerizável em boca e cerclagem com fios de aço por via submandibular. A doente manteve a férula por 4 semanas com avaliações seriadas neste período e boa adaptação global. A férula foi removida, sob sedação profunda, no final deste período, com restabelecimento da oclusão. Mantém seguimento em consulta. Discussão e conclusões: O tratamento das fraturas mandibulares em crianças será fortemente influenciado pela idade do doente, pela sua localização e natureza. Este caso clínico ilustra a importância do diagnóstico clínico e imagiológico das fraturas alveolares mandibulares, bem como, da ponderação do tratamento com melhor relação risco-benefício para a redução e estabilização da fratura.


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