Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXII Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Braga, 08 a 10 de julho de 2021 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 60-61
#SPODF2021-20 aplicabilidade clínica de imagens 3D da face obtidas com smartphone – Revisão Sistemática
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 63
Supplement - S1
Pages - 60-61
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Article History
Received on 08/07/2021
Accepted on 08/07/2021
Available Online on 08/07/2021
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Resumo
Introdução: A avaliação da face é uma fase importante do diagnóstico e plano de tratamento em Ortodontia. Vários métodos têm sido referidos na literatura para avaliação 3D da face, sendo a estereofotogrametria considerada o Gold Standard, implicando contudo equipamento, espaço e investimento elevados. Várias aplicações para smartphone que permitem atualmente a obtenção de imagens 3D da Face. O objetivo deste trabalho é realizar 60 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1):53-62 uma revisão sistemática da literatura para aferir a utilidade clínica, precisão e reprodutibilidade da tecnologia 3D para avaliação da face, atualmente disponível para smartphones. Métodos: Pesquisa em bases de dados: Pubmed, Science Direct, Lilacs e Scielo pelos seguintes termos: “facial 3D smartphone”, “digital face smartphone” e “bellus 3D”. Incluídos artigos publicados a partir de 2014. Resultados: Foram analisados 5 estudos clínicos. Elbashi et al avaliaram modelos 3D obtidos através da aplicação 123D Catch com iPhone 6s e obtiveram uma precisão de 0,605 ± 0,124mm, significativamente inferior à de um laser scanner. Nightingale et al estudaram este método com iPhone 8s com a aplicação tap tap tap LLC A precisão teve valor de 1,3 ± 0,3mm. Recentemente, surgiram smartphones com camaras com sensores 3D de profundidade, com modo de funcionamento semelhante à tecnologia laser. Amornvit et al verificaram que o iPhone X, quando comparado com scanners profissionais obtém resultados semelhantes no plano frontal mas menos precisão na medição de profundidades, nomeadamente maiores que 2mm. Mai et al avaliaram a aplicação Bellus 3D, que permite construir um modelo 3D da face através da informação obtida pela câmara do iPhone X, com resultados semelhantes aos da estereofotogrametria. Rudy et al compararam também resultados obtidos com outra aplicação (ScandyPro) no iPhone X e obtiveram resultados com uma precisão de 0,44mm. Conclusões: Este método é vantajoso pelo menor tempo necessário para obter e processar imagens, facilidade de protocolo e custos mais reduzidos. Embora a precisão dos scanners usados através de smartphone não seja tão elevada como outros métodos já validados, as diferenças estão dentro de intervalos aceitáveis. Implicações clínicas: Os sistemas de obtenção de imagens 3D são promissores, no entanto até a data não foram estabelecidas nem propostos intervalos de precisão para o uso clínico.