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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 47


#119 Envolvimento gengival em 313 doentes diagnosticados com líquen plano oral





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 47
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Objetivos: Analisar a prevalência e os aspetos clínicos (idade, género, localização, morfologia e sintomas) das lesões gengivais em 313 doentes pacientes diagnosticados com líquen plano oral (LPO) após biópsia, num estudo de prevalência numa clínica portuguesa. Materiais e métodos: Neste estudo retrospetivo, foram analisadas as fichas clínicas de 11 456 doentes, selecionando-se com diagnóstico clínico e histológico de líquen plano oral. Os resultados obtidos após análise das lesões gengivais presentes nesta população foram comparados com dados internacionais publicados. Foi aplicada a análise estatística descritiva, utilizando o teste qui-quadrado para um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A média de idades dos doentes diagnosticados com líquen plano oral foi de 63 anos. A prevalência de LPO nesta população revelou-se superior no sexo feminino (72,5%). Dos 313 pacientes com líquen plano oral, 118 apresentavam envolvimento gengival, sendo aqui também o sexo feminino o mais prevalente. Destes últimos, 109 pacientes apresentavam lesões de LPO gengival eritematosas, ulcerativas ou erosivas (´gengivite descamativa”) Os restantes 9 apresentavam lesões reticulares ou placas brancas, isoladamente. As lesões bilaterais foram as mais frequentes (71,4%) e o envolvimento das duas arcadas foi de 46,2%. Dos doentes com LPO gengival, as lesões reticulares descreveram-se em 12, as placas brancas em 12 e gengivite descamativa em 105, dos quais 92 do género feminino. Os sintomas dolorosos descritos eram variáveis, mas, quando presentes, eram geralmente associados a lesões erosivas. Como é norma no LPO, somente doentes com sintomatologia ou componente estético (no caso das manifestações gengivais) foram medicados. A grande maioria destes controlados com imunossupressores locais (sobretudo esteróides). Nenhum destes doentes com LPO gengival desenvolveu cancro oral durante o período de follow-up. Conclusões: O OLP é provavelmente a patologia oral mais prevalente nos países europeus, afetando 2.73 % da população do nosso estudo e sobretudo o género feminino (quase 3:1). Cerca de 37% destes doentes apresentavam lesões gengivais associadas a outras localizaçõe de LPO intraorais. 13.2 % destes doentes tinham unicamente lesões gengivais na altura do diagnóstico inicial da doença, tornando o diagnóstico clínico, diferencial e o tratamento correcto difíceis para o dentista generalista.


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