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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 25


#057 Sarcoma de Kaposi: manifestação inicial de infeção por VIH





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 25
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: O Sarcoma de Kaposi (SK) é uma doença angioproliferativa associada à infeção pelo vírus do herpes humano 8 e definidora de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Com a introdução da terapêutica anti- retrovírica combinada, a incidência de SK diminuiu acentuadamente em doentes infetados pelo Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH), apresentando uma frequência de 15% como manifestação inicial. Descrição do caso clínico: Doente do sexo masculino, de 27 anos, sem antecedentes médicos de relevo e sem medicação habitual, recorreu ao serviço de urgência por um quadro de neurosífilis, pelo que foi internado para tratamento hospitalar. À data do internamento, foi realizado estudo virológico que positivou para HIV. Este doente exibia uma lesão violácea no palato associada a um dente cariado, o que motivou a referenciação ao Serviço de Estomatologia. Ao exame físico intra-oral, observava-se edentulismo parcial, resto radicular do dente 16 e duas lesões violáceas, planas, não descamativas, localizadas no hemi-palato direito e outra no esquerdo. Apresentavam dimensões aproximadas de 30x20 mm, 2x3 mm e 2x5 mm. Foi realizada uma biópsia incisional da lesão de maiores dimensões, cujo resultado anatomo-patológico revelou-se compatível com Sarcoma de Kaposi. Discussão e conclusões: Com a introdução da terapêutica anti- retroviral, a frequência dos SK diminuiu, pelo que é importante distingui?la clinicamente de outras entidades, incluindo granuloma piogénico, hemangioma, angiomatose bacilar e aumento gengival causado pela ciclosporina. O SK pode surgir como parte da síndrome inflamatória de reconstituição imune em doentes com HIV ou desenvolver-se no contexto de imunossupressão. O SK é morfologicamente diverso e pode afetar indivíduos saudáveis, imunossuprimidos terapeuticamente, bem como infetados pelo HIV4. Embora cada vez menos frequente, recomenda-se um baixo limiar de suspeita perante lesões mucocutâneas pigmentadas ou vasculares, principalmente em doentes de alto risco, como os HIV positivos ou em status pós- transplante.


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