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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XLII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Figueira da Foz, 13 a 15 de outubro de 2022 | 2022 | 63 (S1) | Page(s) 20


#045 Granuloma de células gigantes periférico em relação com implante: um caso raro





Volume - 63
Supplement - S1

Pages - 20
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Received on 13/10/2022
Accepted on 13/10/2022
Available Online on 13/10/2022


Introdução: O granuloma de células gigantes periférico (GCGP) é a lesão de células gigantes mais comum que afeta os tecidos da cavidade oral. Define-se como uma proliferação local reativa de células mononucleares e de células gigantes tipo- osteoclasto num estroma vascular externo ao osso. Ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo, e apresenta-se como um aumento de volume nodular de coloração que varia do vermelho ao vermelho?azulado. A sua apresentação é mais comum na mandíbula, mas também pode ocorrer na maxila. A lesão ocorre como resultado da irritação local do mucoperiósteo ou da parte coronal do ligamento periodontal resultado de uma irritação crónica. Estão descritos na literatura alguns casos de GCGP associado a implantes dentários, contudo pouco se sabe sobre esta lesão e a osseointegração do implante. O tratamento deste tipo de lesões consiste na excisão cirúrgica e a recorrência é rara. Descrição do caso clínico: Mulher, 87 anos, recorre ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (SU-CHUC) pelo aparecimento de uma lesão na cavidade oral. Ao exame objetivo estávamos perante uma doente desdentada parcial superior e inferior, portadora de prótese total suportada por implante, mal-adaptada, e foi observada uma lesão no rebordo alveolar do 4.º quadrante na zona edêntula do canino e pré-molares, com cerca de 2cm, em relação com o implante. Foi feita ortopantomografia que revelou uma hipertransparência mandibular associada à lesão descrita e uma biópsia da lesão que se revelou compatível com GCGP. Procedeu- se à excisão cirúrgica da lesão com exame histopatológico da biópsia excisonal que revelou uma proliferação de células gigantes multinucleadas de tipo osteoclástico e focos de metaplasia óssea resultando no diagnóstico de GCGP da gengiva. De momento, a doente encontra-se em seguimento em Consulta Externa no Serviço de Estomatologia do CHUC há 16 meses, sem recorrência. Discussão e conclusões: É importante a vigilância e o acompanhamento das lesões peri-implantares, como o GCGP, já que estas podem resultar na perda do implante. Para tal, deve ser realizado um exame histopatológico para se obter o diagnóstico adequado, permitindo assim adotar a melhor estratégia terapêutica.


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