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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 57-58


Investigação Original

#141 Avaliação de particulados dentinários com diferentes espessuras de dentina





Volume - 60
Supplement - S1
Investigação Original
Pages - 57-58
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Objetivos: Nos últimos anos, as propriedades físico?químicas dos biomateriais têm sido estudadas com o propósito de identificar características que potenciem os resultados clínicos da regeneração óssea. Entre estas características, a granulometria e a composição química do biomaterial destacam? se por influenciarem a atividade e velocidade de reabsorção do biomaterial. (Calvo?Guirado JL et al., 2019) Considerando a avaliação destas propriedades em particulados dentinários obtidos por trituração de dentes extraídos e por representarem um potencial material de enxerto autógeno, este estudo pretende analisar as diferenças morfológicas e químicas obtidas a partir de dentes com diferentes espessuras da camada dentinária. Materiais e métodos: Para a realização deste estudo foram utilizados duas peças dentárias íntegras, um incisivo central superior e um canino, triturados com a Smart Dentin Grinder™, segundo o protocolo do fabricante. Neste processamento dentário foi adotado um tempo de trituração de 3 segundos, seguido de um tempo de vibração de 20 segundos, de forma a se obterem partículas entre os 300 e 1200 μm. A morfologia do particulado dentinário obtido foi avaliada por microscopia eletrónica de varrimento (NanoSEM – FEI Nova 200 (FEG/SEM)). Enquanto o estudo da composição química das amostras foi efetuado através de EDS (EDAX – Pegasus X4M). Resultados: A análise por microscopia eletrónica permitiu identificar diferenças no tamanho das partículas consoante a amostra considerada, tendo?se constatado um tamanho inferior quando considerado o dente incisivo (de 1,01 mm? 211,84 μm para 158,32? 906,45 μm). Relativamente à morfologia, em ambas as amostras, esta é idêntica, com distinção de uma camada externa correspondente ao esmalte e uma camada interna correspondente à dentina. Contudo, a camada externa no incisivo apresentou mais poros, sendo estes mais definidos e em maior número. A análise por EDS demonstrou uma semelhança em termos de elementos químicos presentes em ambas as camadas, embora a camada interna na amostra obtida do incisivo tenha apresentado uma maior quantidade de cálcio. Conclusões: A espessura dentinária parece determinar as diferenças topográficas e químicas detetadas. No entanto, o desenvolvimento de estudos adicionais torna?se pertinente no sentido de esclarecer a influência que esta característica poderá desempenhar no sucesso da regeneração óssea.


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