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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD - XXXIX Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) - O Congresso do Centenário Porto, 18 e 19 de outubro de 2019 | 2019 | 60 (S1) | Page(s) 28-29


Casos Clínicos

#069 Subluxação da articulação temporomandibular. Que outros perigos esconde a hipermobilidade?





Volume - 60
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 28-29
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Received on 18/12/2019
Accepted on 18/12/2019
Available Online on 18/12/2019


Introdução: A disfunção temporomandibular é definida como um conjunto de condições que afectam os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular e estruturas associadas, de etiologia multifactorial. A subluxação está relacionada com a hipermobilidade articular, na qual, quando o paciente se encontra de boca aberta, o complexo côndilo?disco se posiciona anteriormente à eminência articular e é incapaz de voltar à posição de boca fechada sem que o paciente realize uma manobra específica. A hipermobilidade tem sido apontada como um factor de risco para os deslocamentos do disco articular e alterações degenerativas. Descrição do caso clínico: Paciente, sexo feminino, 21 anos, recorre à consulta após episódio de subluxação da articulação temporomandibular direita, de acordo com os Critérios de Diagnóstico para a Disfunção Temporomandibular (DC/TMD). Episódios anteriores de menor duração. Apresentava artralgia, mioespasmo do músculo masséter, limitação da abertura da boca de 17 mm e possível bruxismo do sono e de vigília. A estratégia da equipa foi: Infiltração anestésica do músculo masséter para diagnóstico diferencial. Foi prescrito tratamento farmacológico e requisitada uma tomografia axial computorizada para identificar eventual patologia degenerativa. Fisioterapia para recuperação da biomecânica articular e diminuição da artralgia e mialgia através de terapia manual. Educação do paciente para controlo da hipermobilidade e terapia cognitivo?comportamental para evitar os fatores contribuintes da disfunção temporomandibular. Discussão e conclusões: O caso clínico, abordado de forma interdisciplinar, realça a necessidade de consciencializar os pacientes, de forma preventiva, para a hipermobilidade articular, de forma a evitar lesões relacionadas com o movimento excessivo de abertura da boca. O sucesso terapêutico não termina com a resolução da sintomatologia causada pela subluxação, mas sim, com o controlo da hipermobilidade enquanto fator perpetuante da disfunção temporomandibular.


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