Abstract

Objective: To evaluate the influence and effectiveness of the salivary decontamination protocol after polymerization of a universal adhesive on dentin adhesive strength, after 24 hours and 6 months of ageing. Methods: Fifty intact molars were sectioned in order to obtain two slices of dentin from each tooth. In all specimens except the control group (C – no contamination), after applying and light-curing the adhesive system (Scotchbond Universal), the adhesion surface was contaminated with human saliva, and was then subjected to a decontamination method that differed between groups (W – decontamination with water; W+A – decontamination with water and reapplication of adhesive; E – decontamination with ethanol; E+A – decontamination with ethanol and reapplication of adhesive). Shear bond strength was tested at 24 hours and 6 months of aging, until fracture, and the failure mode was observed. Data were statistically analyzed using non-parametric Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests (α=0.05). Results: At 24 hours of aging, the decontaminant (p=0.289) and the reapplication of the adhesive (p=0.072) did not influence the adhesive strength values, and all contaminated groups obtained significantly (p<0.05) lower adhesive strength values than the control group. At 6 months, the reapplication of the adhesive (W+A and E+A) provided increased adhesion values (p=0.001), but no differences were observed between the decontaminants (p=0.314). Only the W+A group yielded a statistically (p=0.376) similar value to the control group. Conclusion: When there is salivary contamination of the adhesion area after polymerization of the universal adhesive tested, water decontamination should be performed followed by a reapplication of the adhesive.

Resumo

Objetivo: Avaliar a influência e eficácia do protocolo de descontaminação salivar após polimerização de um adesivo universal na resistência adesiva à dentina, após 24 horas e 6 meses de envelhecimento. Métodos: Cinquenta molares íntegros foram seccionados, de forma a obter duas fatias de dentina por dente. Com exceção do grupo controlo (C – sem contaminação), após aplicação e polimerização do sistema adesivo (Scotchbond Universal), foi realizada contaminação da superfície de adesão com saliva humana seguida de descontaminação, de acordo com o grupo experimental [W – descontaminação com água, W+A – descontaminação com água seguida de reaplicação do adesivo, E – descontaminação com etanol, E+A – descontaminação com etanol seguida de reaplicação do adesivo]. Foram realizados testes de resistência adesiva a tensões de corte, às 24 horas e aos 6 meses, até à fratura, e o tipo de falha de união foi observado. Os resultados obtidos foram sujeitos a testes não-paramétricos de Mann- -Whitney e Kruskal-Wallis (α=0,05). Resultados: Às 24 horas, o descontaminante (p=0,289) e a reaplicação do adesivo (p=0,072) não influenciaram os valores de resistência adesiva, e todos os grupos com contaminação obtiveram valores de resistência adesiva inferiores (p<0,05) ao grupo controlo. Aos 6 meses, a reaplicação do adesivo (W+A e E+A) permitiu aumentar os valores de adesão (p=0,001) e não se observaram diferenças entre os descontaminantes (p=0,314). Apenas o grupo W+A permitiu obter valor estatisticamente semelhantes (p=0,376) ao grupo controlo. Conclusão: Quando existe contaminação salivar da área de adesão após a polimerização do adesivo universal testado, deverá ser realizada descontaminação com água seguida de reaplicação do adesivo.