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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 24


Casos Clínicos

#059 Quisto Nasopalatino – A propósito de um caso clínico





Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 24
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Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018


Introdução: O quisto nasopalatino é o quisto não odontogénico mais comum dos ossos gnáticos e tem origem nos remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino, no interior do canal incisivo. É mais comum entre a 4.ª e a 6.ª décadas de vida e apresenta maior incidência no sexo masculino (3:1). Manifesta-se, mais frequentemente, como uma tumefação na região anterior do palato. Contudo, muitas vezes é assintomático, sendo identificado incidentalmente em radiografias de rotina. No estudo imagiológico, apresenta-se como uma lesão radiolúcida, bem delimitada, localizada na linha média da região anterior da maxila, podendo variar de pequena a grande e destrutiva. O epitélio de revestimento é variável, podendo ser constituído por: epitélio escamoso estratificado, colunar pseudoestratificado, colunar simples e cúbico simples. Frequentemente, mais do que um tipo de epitélio é encontrado. O tratamento é a enucleação cirúrgica e a recidiva é rara. Descrição do caso clínico: Apresentamos o caso de um doente de 49 anos, do sexo masculino, que foi encaminhado para a consulta de Estomatologia por queixas de tumefação do palato, à direita, com mais de 10 anos de evolução, associada a noção de drenagem com um ´sabor desagradável´. Já tinha sido, previamente, submetido a extrações dos dentes sem viabilidade do primeiro quadrante, sem melhoria. Objetivamente, constatou-se edentulismo do primeiro quadrante e não se identificou nenhuma tumefação ou drenagem anormais. O estudo imagiológico revelou uma lesão radiolúcida extensa, da maxila à direita, com atingimento da linha média. Foi realizada a enucleação da lesão e o estudo anatomo-patológico revelou a presença de uma lesão quística revestida focalmente por epitélio colunar pseudoestratificado e, noutras áreas, epitélio escamoso estratrificado. Discussão e conclusões: O diagnóstico dos quistos maxilares pode ser um desafio. Perante os achados histológicos, em correlação com os dados clínicos e imagiológicos, o diagnóstico estabelecido foi o de quisto nasopalatino. Tendo em conta a identificação de epitélio respiratório numa lesão quística maxilar, também se poderia considerar o diagnóstico de quisto maxilar pós-operatório, o qual se desenvolve após uma cirurgia ao seio maxilar, cirurgia ortognática ou trauma decorrente de extração dentária. Adicionalmente, estão descritos, na literatura, quistos radiculares parcial ou totalmente revestidos por epitélio respiratório cuja origem permanece incerta.


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