Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 22
Casos Clínicos
#055 Disfunção Temporo Mandibular como primeira manifestação de Artrite Reumatóide
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 22
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
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Resumo
Introdução: A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica auto?imune, de etiologia desconhecida, que atinge principalmente as articulações. É uma patologia relativamente frequente, com prevalência de 0,5 a 1% da população, e incidência de 3 casos por 10.000 pessoas, afetando mais mulheres do que homens, mais frequentemente entre os 35 e 50 anos, podendo surgir em qualquer idade. Ao nível articular há uma inflamação crónica da sinovial, com destruição articular que pode ser maciça levando a acentuada incapacidade. Descrição do caso clínico: Os autores descrevem um caso de uma mulher de 58 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência de Estomatologia por dor nas articulações temporo mandibulares com componente inflamatório marcado, de vários meses de evolução, com agravamento recente levando à limitação da abertura bucal. Medicada sintomaticamente e encaminhada à Consulta Externa para controlo, apresentando de novo poliartralgias marcadas e edema nas articulações distais, mãos, punhos e joelhos, simetricamente. Encaminhada à Consulta Externa de Reumatologia, onde foi diagnosticada com Artrite Reumatóide seronegativa e medicada com corticóide (prednisolona), metotrexato e salazoprina. Concomitantemente na nossa consulta foi realizada goteira de relaxamento muscular. Discussão e conclusões: A artrite reumatóide é uma patologia comum, no entanto a apresentação inicial de artralgias isoladas da articulação temporo mandibular é menos frequente. Este caso realça a importância da preocupação sistémica que o estomatologista deve ter na avaliação de um doente, apesar das queixas dirigidas ao aparelho estomatognático.