Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVIII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Lisboa, 12 e 13 de outubro de 2018 | 2018 | 59 (S1) | Page(s) 16
Casos Clínicos
#041 A relevância da abordagem multidisciplinar nas Disfunções Temporomandibulares
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 16
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Article History
Received on 30/11/2018
Accepted on 30/11/2018
Available Online on 30/11/2018
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Resumo
Introdução: As disfunções temporomandibulares revelam uma elevada complexidade com uma etiologia multifactorial e afetam uma quantidade relativamente elevada da população mundial requerendo uma avaliação e diagnóstico multidisciplinar por parte da equipa clínica. O médico dentista enquanto profissional de primeira linha é responsável por realizar o diagnóstico, identificar factores de risco e realizar técnicas de abordagem multidisciplinar reversíveis e pouco invasivas. O Fisioterapeuta tem como objetivos reduzir a dor músculo-esquelética, promover o relaxamento muscular, reduzir a hiperatividade muscular, restaurar a função e controlo motor e reforçar a terapia cognitivo comportamental. Descrição do caso cliníco: Paciente de 42 anos, sexo feminino, refere disfunção temporomandibular. Diagnóstico: hipomobilidade articular (29 mm), bruxismo de vigília e do sono, deslocamento de disco sem redução com limitação da abertura, crepitação, artralgia, dor miofascial no masséter com dor referida para outras regiões anatómicas. O Plano de tratamento consistiu em terapia cognitivo comportamental, farmacoterapia, goteira oclusal de estabilização, infiltração com Osteonil® na articulação temporomandibular, aplicação de técnicas de mobilização articular, técnicas neuromusculares e miofasciais Discussões e Conclusões: Após 2 meses do inicio da plano de tratamento a paciente apresenta já uma abertura de 38 mm, diminuição da intensidade da crepitação, a artralgia mantem-se mas apenas em abertura máxima, dor miofascial apenas quando estimulada. Mantém-se no entanto o deslocamento do disco sem redução, mas constatou-se uma melhoria significativa da qualidade de vida da paciente.