Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD - Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac | 2018 | 59 (1) | 54-60
Caso ClÍnico
Artroplastia interposicional para tratamento de anquilose da articulação temporomandibular: relato de caso pediátrico
Interpositional arthroplasty for temporomandibular ankylosis treatment: a pediatric case report
a Faculdade de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil
b Faculdade Estácio de Sá, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
c Instituto Nacional de Ortopedia (INTO), Rio de Janeiro, Brasil
Patrícia Cataldo de Felipe Cordeiro - patricia.cataldo@hotmail.com
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 59
Issue - 1
Caso ClÍnico
Pages - 54-60
Go to Volume
Article History
Received on 16/02/2018
Accepted on 17/05/2018
Available Online on 17/05/2018
Keywords
Caso Clnico
Artroplastia interposicionalpara tratamento de anquilose da articulao temporomandibular: relato de caso peditrico
Interpositional arthroplastyfor temporomandibular ankylosistreatment: a pediatriccase report
Patrcia Cataldode Felipe Cordeiroa,*, ValquriaQuinelatoa, Letcia Ladeira Bonatob, Andr da Silveira Braunec, Thalita Alves Barreto Santosa, Priscila Ladeira Casadoa
a Faculdade de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niteri, Rio de Janeiro, Brasil
b Faculdade Estcio de S, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
c Instituto Nacional de Ortopedia (INTO), Rio de Janeiro, Brasil
http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2018.05.216
Resumo
A anquilose da articulao temporomandibular a fuso entre o cndilo mandibular e a cavidade glenide, gerando restrio aos movimentos articulares, funo mastigatria limitada alm de consequncias estticas e psicossociais. A condio ainda apresenta influncia no desenvolvimento facial, erupo e posicionamento dentrios quando ocorre em pacientes em crescimento. O estudo relata um caso clnico de AATM unilateral esquerda com infeco otolgicaprvia. A alterao evoluiu com completa impossibilidade de abertura bucal e complicaes odontolgicas e psicossociais. Artroplastiainterposicional foi a tcnica de escolha com utilizao de retalho do msculo temporal como material de interposio acompanhada de coronoidectomiaipsilateral. Aps o procedimento cirrgico, obteve-se abertura bucal de 45 mm e o caso seguiu com tratamento multidisciplinar com fonoterapiae ortodontia. Dois anos aps a cirurgia, o paciente apresentou abertura interincisal mxima de 37 mm e ausncia de sinais de recidiva, o que confere estabilidade a conduta teraputica proposta.
Palavras-chave: Anquilose temporomandibular, Articulao temporomandibular, Desordens da articulao temporomandibular
Abstract
Temporomandibular joint ankylosisis the fusion between the mandibular condyle and the glenoidcavity, and it generates joint movement restriction, limited masticatory function, as well as aesthetic and psychosocial consequences. Furthermore, when it occurs in growing patients, this condition influences facial development and dental eruption and positioning.
The present study reports a clinical case of left unilateral ankylosiswith otologicinfection history. This condition evolved to complete incapability to open the mouth, besides the psychosocial complications. The chosen treatment was interpositionalarthroplasty, using a temporal muscle flap as the interposition material and ipsilateralcoronoidectomy. After the surgical procedure, the technique provided a mouth opening of 45 mm, and the case was referred to multidisciplinary treatment with speech and orthodontic therapy. Two years after surgery, the patient had a maximum interincisal opening of 37 mm with no signs of relapse, thus granting stability to the proposed therapeutic approach.
Keywords: Temporomandibular ankylosis, Temporomandibular joint, Temporomandibular disorder
Introduo
A anquilose da articulao temporomandibular(AATM) a fuso entre o cndilo mandibular e a superfcie articular do osso temporal restringindo movimentos mandibulares. A condio limita a funo mastigatria, podendo causar desequilbrios nutricionais e alteraes psicossociais e estticas. 1, 2
A AATM pode ocorrer em qualquer idade, porm mais frequente em crianas com menos de 10 anos, com ocorrncia na primeira dcada de vida.3 Essa condio acompanhada de alteraes na erupo e posicionamento dentrios e desenvolvimento craniofacial como micrognatiae assimetria facial.4
Dentre os fatoresetiolgicos mais comuns esto o trauma, infeona regio da ATM,5 condies inflamatrias sistmicas e locais6 e neoplasias.7 Em adultos, o trauma apontado como a causa mais comum. J em crianas, infeo, principalmente quadros de otite, tem sido relatada como a principal causa.8 Entretanto, a etiologia idioptica da condio tambm considerada.9
De modo adicional, ressalta‑se ainda a associao da condio com alteraes genticas. Mutaes no gene ANK e polimorfismos no gene ANKH foram determinantes para artrite em ratos e anquilose espondilosante em humanos.10 Embora a ATM seja um stio susceptvel, a relao entre desordem temporomandibulare o gene ANKH ainda desconhecida. Contudo, polimorfismo no gene ANKH foi associado ao aumento de travamento mandibular,11 justificando investigaes mais aprofundadas em expresses e interaesdesses polimorfismos com AATM.
Os mecanismos moleculares envolvidos na AATM ainda so pouco elucidados. A formao e reabsoro ssea so processos essenciais durante a cicatrizao do osso, pois mantm o equilbrio da remodelao ssea entre osteoblastos e osteoclastos.
A radiologia e a histologia da massa ssea anquilosada demonstram que a AATM apresenta semelhanas com os processos de cicatrizao de fraturas sseas.12
O metabolismo sseo est diretamenterelacionado a funo da trade molecular glicoproteicaRANK (Receptor Ativadordo Fator Nuclear KappaB), RANKL (Receptor Ativador do FatorNuclear KappaB) e OPG (Osteoprotegerina). 9, 13 O envolvimento do sistema na patogneseda AATM relatou razo RANKL/OPG reduzida no grupo de massa ssea anquilosada em comparao com o grupo de controle, sugerindo que a deficincia de osteoclastospode ser um fator importante que afetaa AATM.14 Outro estudo relatou que a mesma relao contribuiu para a formao de osso novo em pacientes com espondilite anquilosante.15
O diagnstico da AATM geralmente realizado com base em sinais e sintomas e confirmados por exames de imagem.
O detalhado exame clnico e anamnese so de grande importncia para o levantamento de hiptese sobre o tipo de comprometimento articular.16
O tratamento da AATM, cirrgico, um verdadeiro desafio ainda nos dias atuaisdevido alta taxa de recidivas. Os objectivos principais desta modalidade de tratamento so a remoo meticulosa e radical da estrutura ssea anquilosada, alm de reconstruo e restaurao da funo fisiolgica da mandbula.1 Todavia a conduta no oferece resultados totalmente previsveis. As complicaes mais frequentemente relatadas aps o tratamento so a abertura limitada da boca e recidiva do quadro.17
Dessa forma, o presente artigo objetivoudescrever um caso clnico de AATM diagnosticado na infncia com abordagem etiolgica e teraputica.
Caso clnico
O protocolo clnico do trabalho foi submetido e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).
Paciente de 9 anos de idade e gnero feminino foi encaminhada para setor de Cirurgia Cranio‑Maxilofacial do INTO para avaliao de anquilose temporomandibular, com queixa de dor mastigao e limitao de abertura bucal. A histria mdica pregressa mostrou episdio de otite mdia aos dois anos de idade com internamento hospitalar de 18 dias. O quadro evoluiu com AATM unilateral esquerda. O parto da paciente ocorreu por cesariana sem intercorrncias.
No h relato de trauma na regio da articulao temporomandibular. A condio gerou transtornos emocionais devido ao bullyng sofrido no ambiente escolar. Durante a avaliao clnica, observou‑se completa impossibilidade de abertura bucal (0 mm) e micrognatia. Dados tomogrficos evidenciaram AATM unilateral esquerda e deficincia mandibular (Figura 1).

A conduta cirrgica proposta foi artroplastiainterposicional(AI) com utilizao de retalho de msculo temporal como material interposicional, seguida de coronoidectomiaipsilateral.
Aps anestesia geral com entubao nasotraqueal, o acesso ATM foi realizado por meio de inciso pr‑auricular com extenso temporal. A inciso inicial foi feita atravs da pele e tecido subcutneo at a profundidade da fscia temporal (Figuras 2, 3, 4, 5 e 6). Aps o procedimento cirrgico, obteve‑se uma abertura de boca de 45 mm. (Figuras 7 e 8).







O acompanhamento multidisciplinar baseou‑se em sesses de fonoterapiaespecializadas em motricidade oral realizado por dois anos com reduo da frequncia ao longo do tratamento. Inicialmente foi realizada trs vezes por semana, e aps trs meses houve aumento de intervalo entre as sesses, entretanto com continuidade da terapia domiciliar supervisionada.
A paciente iniciou tambm tratamento odontolgico restaurador, periodontal e ortodntico. Aps 2 anos do procedimento cirurgico, apresentou abertura bucal de 38 mme aguarda maturidade osseapara realizacaode cirurgia ortognatica (Figuras 9, 10 e 11).



Discusso e concluses
O caso clnico apresentado ilustrou AATM unilateral caraterizada, clinicamente, por assimetria facial e retruso mandibular associada a desvio de mento. O comprometimento funcional foi evidenciado pela dificuldade na mastigao, deglutio e fonao. Adicionalmente, a restrio de abertura bucal, em casos de AATM, associa‑se a higiene bucal limitada. 1, 2 As caractersticas clnicas evidenciadas em literatura foram compatveis com os dados do relato de caso apresentado, no qual o diagnstico clnico baseou‑se na sintomatologia dolorosa mastigatria e abertura bucal limitada.
A abordagem diagnstica da AATM inclui exames complementares imaginolgicos. A deformidade articular, perda total de espao articular e formao ssea anormal ao redor da articulao observada em radiografias panormicas. Contudo, a natureza e extenso total da patologia revelada por exames mais especficos como tomografia computadorizada, a qual confere maior preciso diagnstica e riqueza detalhes,18 como a reduo do espao articular e a presena de crescimento sseo anormal. Dessa forma, o exame permite a realizao de diagnstico diferencial com outras alteraes morfolgicas e patolgicas da ATM.19 O diagnstico definitivo do caso apresentado baseou‑>se em achados clnicos e imagens de tomografia computadorizada, as quais ainda auxiliaram no planejamentodo tratamento proposto.
A etiologia da AATM inclui trauma, artrites, infees, cirurgias prvias na ATM, alm da possibilidade de ser congnita ou idioptica. 20, 21 O presente estudo sugere a possibilidade de associao da AATM com o histrico de infeootolgicaprvia unilateral embora no seja descartado o carter idioptico da condio. AATM com histrico de otite em paciente peditrico j foi relatado na literatura. O autor ainda relata que em pases de terceiro mundo a infeco permanece como a causa mais comum de AATM infantil / ou em crianas variando entre infeces odontognicas, orais, cutneas locais otolgicase quadros de osteomielite.22
Efeitos psicossociais no indivduo e familiares tambm foram associadas a AATM. As alteraes faciais estticas, limitao de higiene bucal e restrio de funo mastigatria afetamo desenvolvimento cognitivo‑comportamental e influenciam aspectos sociais.23 O papel familiar tambm apresenta forte participao no tratamento e estabilidade dos casos tratados.22 O presente estudo ressalta a importncia do acompanhamento multidisciplinar ps‑cirrgico e o compromisso dos pais para com a reabilitao do caso, fatoresprimordiais para o sucesso do tratamento.
A anquilose da ATM quando ocorre na infncia pode prejudicar o crescimento craniofacial gerando assimetrias faciais severas. 24, 25 O cndilo mandibular, considerado um stio de crescimento mandibular, quando afetadopela anquilose restringe o crescimento da face mdia gerando retrusomandibular e deformidades faciais.22 Alm disso, o alongamento secundrio e hipertrofia do processo coronoide evidenciado e acentua a restrio do movimento mandibular. A paciente do estudo mostrou grave retruso mandibular, o que justificou a indicao de cirrgica ortogntica aps a maturao esqueltica.
Variveis tcnicas cirrgicas foram descritas para o tratamento da AATM e nenhuma estratgia foi uniformemente estabelecida justificando a complexidade da condio.20 Recentemente, uma meta‑anlise em que foram includos 17 estudos envolvendo 740 participantes com anquilose da ATM tratados com abordagens cirrgicas (artroplastiade abertura, AI e reconstruo articular), concluiu que a AI de gap o tratamento mais frequente da anquilose da ATM com menor taxa de recidiva, seguida da reconstruo articular e artroplastiaem gap.9 No presente caso foi utilizada a AI, caracterizada pela resseco da massa anquilticaseguida de interposio do material biolgico fscia do msculo temporal. Todavia, outros materiais podem ser utilizados como derme, cartilagem auricular e materiais no biolgicos como silicone e acrlico, evitando dessa forma, a recidiva da condio. 4, 17
As vantagens da AI so a sua simplicidade e menor tempo de operao. Contudo, encurtamento da unidade cndilo‑ramo pode gerar m ocluso de mordida aberta anterior, formao de pseudoartrose e risco de leso da artria maxilar interna.26
Em avaliao comparativa com a reconstruo condilar (RC), a tcnica de AI no mostrou diferenas estaticamente significativas em escores de dor e abertura bucal mxima. Dessa forma, a deciso de tratar a anquilose da ATM com AI ou RC no deve ser feita a partir das diferenas esperadas no desfecho clnico entre os dois procedimentos.20 O presente estudo evidenciou a eficcia da tcnica com o aumento da amplitude bucal e a restaurao da funo mastigatria da paciente.
Quanto estabilidade do tratamento, limitao na amplitude mandibular e reanquiloseforam as complicaes mais frequentes. De encontro a conduta de alguns cirurgies, a recidiva de casos infantis no se deve falta de cooperao com o tratamento reabilitador com fisioterapia e fonoaudiologia, mas resseco inadequada da massa anquiltica. Tal fato pode ser evidenciado pela abertura bucal passiva no perodo transcirrgico.
Caso haja necessidade de uma fora excessiva para abertura, no perodo ps‑operatrio o movimento ser muito mais doloroso gerando insucesso, independentemente do nvel de cooperao do paciente na reabilitao. Dessa forma, planeamento refinado permite que o cirurgio identifique a localizao, extenso e relaes anatmicas da rea anquiltica.22 A tomografia possibilita imagem com processamento tridimensional de corte fino permitindo direcionaro cirurgio em operaes complexas de forma mais precisa e segura. Ressalta‑se ainda a necessidade do tratamento multidisciplinar reabilitador ps‑cirrgico para melhor estabilidade do caso.27
A etiologia idioptica da anquilose reduz a possibilidade de tratamentos especficos direcionadosa causa da condio, tornando o prognstico obscuro e sem controlede recidivas. 28, 29 Estudos evidenciam que a espondiliteanquilosantecompartilha similaridades com outros tipos de artrites inflamatrias com altos nveis de citocinas pr‑inflamatrias e atividadeosteocltica. Aps a fase inflamatria uma ossificao excessiva ocorre na regio da eroso inicial o que caracteriza o quadro de anquilose marcado pelo aumento da razo de OPG/RANK no soro dos participantes.15 Entretanto o mecanismo de iniciao e progresso da AATM ainda desconhecido.
Dessa forma, ressalta‑se a necessidade de investigaes moleculares na patogneseda AATM elucidando fatoresetiolgicos e direcionando terapias especficas, principalmente em casos peditricos j que a condio apresenta diretarelao com o desenvolvimento craniofacial
A identificao de biomarcadoresgenticos para AATM uma conduta promissora para diagnsticos especficos e tratamento precisos. Em humanos o gene ANKH foi associado a uma variedade de defeitos esquelticos e articulares, incluindo espondiliteanquilosante, artropatiarasgada do manguito,30 displasia craniometafisria, 31 e condrocalcinose.32 Distrbios da ATM tm sido relacionados a alteraes genticas na trade RANK/OPG/RANKL tanto em manifestaes locais33 como em associao com outras artropatias34 conferindo o papel sistmicoe primordial da trade molecular.
O estudo mostra‑se limitado quanto identificao especfica do fatoretiolgico envolvido no caso sugerindo relao com infeoprvia sem eliminar o carteridioptico da condio. Ressalta‑se a necessidade de novos estudos com exames de imagens iniciaise finais evidenciando a correco do dano estrutural. Estudos de avaliao de predisposio gentica a AATM tambm so promissores para futuras condutas teraputicas.
A artroplastiacom interposicional de fscia temporal representa uma adequada alternativa para o tratamento de paciente infantil com AATM. O planejamentopreciso e tratamento ps‑ cirrgico multidisciplinar adequado so imprescindveis para o sucesso e estabilidade da conduta teraputica proposta.
Referncias
1. Vasconcelos BCE, Porto GG, Bessa‑Nogueira RV, Nascimento MMM. Surgical treatment of temporomandibular joint ankylosis: Follow‑up of 15 cases and literature review. Med Oral PatolOral Cir Bucal.2009;14:34‑8.
2. Long X, Li X, Cheng Y, Yang X, Qin L, Qiao Y, et al. Preservation of disc for treatment of traumatic temporomandibularjoint ankylosis. J Oral Maxillofac Maxillofac Surg. 2005;63:897‑902.
3. Pereira Filho EN, Neto LGV, Granville‑Garcia AF, Cavalcanti AL. Anquilose da Articulao Temporomandibularem Criana: Relato de Caso. Odonto2011;19:31‑ 8.
4. Manganello‑Souza LC, MarianiPB. Temporomandibular joint ankylosis: Report of 14 cases. >Int> Oral MaxillofacSurg. 2003;32:24‑9.
5. Figueiredo LMG, Oliveira TFL, Valente ROH, Sarmento VA. Tratamento de anquilose da articulao temporomandibularsubsequente trauma mandibular em pacientes peditricos. RevCirTraumatolBuco‑Maxilo‑Fac. 2014;14:53‑8.
6. Sidebottom AJ. Management of recurrent ankylosisin arthrogryposis: new solutions to a rare problem. >Br J Oral MaxillofacSurg. 2013;51:256‑8.
7. Vasconcelos BCE, PortpGG, Bessa‑Nogueira RV. Temporomandibular joint ankylosis. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74:34‑8.
8. Chidzonga MM. Temporomandibularjoint ankylosis: review of thirty‑two cases. Br J Oral Maxillofac Surg. 1999;37:123‑6.
9. Liu W, Zhang X. Receptor activator of nuclear factor‑>κB ligand (RANKL)/RANK/osteoprotegerinsystem in bone and other tissues (Review). Mol Med Rep. 2015;11:3212‑8.
10. Tsui FW, Tsui HW, Cheng EY, Stone M, Payne U, ReivelleJD et al. Novel genetic markers in the 59‑flanking region of ANKH are associated with ankylosing spondylitis. Arthritis Rheum.2003;48: 791-7.
11. Huang B, Takahashi K, Sakata T, Kiso H, SugaiM, Fujimura K, Shimizu A, KosugiS, Sato T, Bessho K. Increased Risk of TemporomandibularJoint Closed Lock: A Case‑Control Study of ANKH Polymorphisms. PLoS One. 2011;6:e25503.
12. Yan YB, Zhang Y, Gan YH, AnJG, Li JM, Xiao E. 2013. Surgical induction of TMJ bony ankylosis in growing sheep and the role of injury severity of the glenoidfossa on the development of bony ankylosis.J Craniomaxillofac Surg. 2013;41:476-86.
13. Khosla S. Minireview: The OPG/RANKL/RANK System. Endocrinology. 2001;142:5050-5.
14. He LH, Xiao E, Duan DH, Gan YH, Zhang Y. Osteoclast Deficiency Contributes to Temporomandibular Joint AnkylosedBone Mass Formation. J Dent Res. 2015;94:1392‑400.
15. Hu Z, Lin D, Qi J, Qiu M, Lv Q, Li Q et al. Serum from patients with ankylosing spondylitis can increase PPARD, fra‑1, MMP7, OPG and RANKL expression in MG63 cells. Clinics. 2015;70:738‑42.
16. Santos MBP, AraujoMM, Cavalieri I, Vale Ds, CanellasJVS. Tratamento de anquilose da articulao temporomandibular. Relato de um caso. RevPortEstomatolMedDent CirMaxilofac. 2011;52:205‑11.
17. Su‑Gwan K. Treatment of temporomandibular joint ankylosiswith temporalis muscle and fascia flap. Int Oral Maxillofac Surg. 2001;30:189‑93.
18. Sales MAO, Oliveira JX, Cavalcanti MGP. Computed Tomography Imaging Findings of Simultaneous Bifid rev port estomatolmed dent cir maxilofac .2018;59(1) :54-60 59 Mandibular Condyle and Temporomandibular Joint Ankylosis: Case Report. Braz Dent J. 2007;18:74‑7.
19. El‑Hakim IE, MetwalliSA. Imaging oftemporomandibularjoint ankylosis. A new radiographic classification.Dentomaxillofac Radiol. 2002;31:19‑ 23.
20. Loveless TP, Bjornland T, Dodson TB, Keith DA. Efficacy of Temporomandibular Joint AnkylosisSurgical Treatment.J Oral MaxillofacSurg. 2010;68:1276‑82.
21. Erol B, Tanrikulu R, Grgn B: A clinical study on ankylosisof the temporomandibularjoint. J Craniomaxillofac Surg. 2006; 34:100.
22. Kaban LB, Bouchard C, Troulis MJ. A Protocol for Management of Temporomandibular Joint Ankylosisin Children.J Oral Maxillofac Surg. 2009; 67:1966‑ 78.
23. Vieira ACF, Rabelo LRS. Anquilose da ATM em crianas: aspectos de interesse cirrgico. RevCirTraumatolBuco‑Maxilo‑fac. 2009;9:15‑24.
24. FelixVB, Cabral DR, de Almeida AB, Soares ED, de Moraes Fernandes KJ. Ankylosis of the TemporomandibularJoint and Reconstruction Witha CostochondralGraft in a Patient With Juvenile Idiopathic Arthritis. J Craniofac Surg. 2017;28:203‑6.
25. Goswami D, Singh S, Bhutia O, BaidyaD, Sawhney C. Management of Young Patients with Temporomandibular Joint Ankylosis‑a Surgical and Anesthetic Challenge. Indian J Surg. 2016;78:482‑9.
26. Kaban LB, Perrot DH, Fisher K. A Protocol for Management of Temporomandibular Joint Ankylosis.J Oral Maxillofac Surg. 1990;48:1145‑51.
27. Fanaras N, ParryNS, Matthews NS. Multidisciplinary approach in the management of absolute trismuswith bilateral temporomandibularjointreplacements for a patient with juvenile idiopathic arthritis. J Oral Maxillofac Surg. 2014;72:2262‑72.
28. Gu S, Wei N, Yu L, Fei J, Chen Y. Shox2‑deficiency leads to dysplasia and ankylosisof the temporomandibular joint in mice. Mech Dev. 2008;125:729‑42.
29. Pilmane M, Skagers A. Growth factors, genes, bone proteins and apoptosis in the temporomandibular joint (TMJ) of children with ankylosisand during disease recurrence. Stomatologija.2011;13:96‑101
30. Peach CA, Zhang Y, Dunford JE, Brown MA, Carr AJ. Cuff tear arthropathy: evidence of functional variation in pyrophosphate metabolism genes. ClinOrthopRelat Res. 2007;462:67-72.
31. Nrnberg P, Thiele H, Chandler D, HhneW, Cunningham ML, Ritter H et al. Heterozygous mutations in ANKH, the human orthologof the mouse progressive ankylosisgene, result in craniometaphysealdysplasia. Nat Genet. 2001;28:37-41.
32. Pendleton A, Johnson MD, Hughes A, Gurley KA, Ho AM, Doherty M et al. Mutations in ANKH cause chondrocalcinosis. Am J Hum Genet. 2002;71:933-40.
33. KnevelR, de RooyDP, SaxneT, LindqvistE, LeijsmaMK, DahaNA etal.A genetic variant in osteoprotegerinis associated with progression of jointdestruction in rheumatoid arthritis. Arthritis ResTher. 2014;16:R108.
34. BonatoLL, QuinelatoV, BorojevicR, Vieira AR, Modesto A, Granjeiro JM etal.Haplotypes of the RANK and OPG genes are associated with chronic arthralgia in individuals with and without temporomandibulardisorders. IntJ Oral Maxillofac Surg. 2017;46:1121‑9.
Patrcia Cataldode Felipe Cordeiro
Correio eletrnico: patricia.cataldo@hotmail.com
Responsabilidades ticas
Proteo de pessoas e animais. Os autores declaram que os procedimentos seguidos estavam de acordo com os regulamentos da comisso de investigao clnica e tica relevante e de acordo com os do Cdigo de tica da Associao Mdica Mundial (Declarao de Helsnquia).
Confidencialidade dos dados. Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca da publicao dos dados de pacientes.
Direito privacidade e consentimento escrito. Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondncia est na posse deste documento.
Conflito de interesses
Os autores declaram no haver conflito de interesses.
Historial do artigo:
Recebido a 16 de fevereirode 2018
Aceite a 17 de maiode 2018
On-linea 30 de maiode 2018