Search options

Search
Search by author
Between Dates
to
Volume and Number
&

Spemd Logo

Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

Revista Portuguesa de Estomatologia Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial | 2022 | 63 (4) | 237-243




Caso ClÍnico

Tratamento conservador de granuloma central de células gigantes em paciente pediátrico – Relato de caso

Conservative treatment of central giant cell granuloma in a pediatric patient – Case report


a Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
b Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
Livia Bonjardim Lima - liviabonjardim@hotmail.com

  Show More



Volume - 63
Issue - 4
Caso ClÍnico
Pages - 237-243
Go to Volume


Received on 19/04/2022
Accepted on 20/11/2022
Available Online on 16/12/2022


10.24873/j.rpemd.2022.12.885

Caso Clnico

Tratamento conservador de granuloma central de clulas gigantes em paciente peditrico Relato de caso

Conservative treatment of central giant cell granuloma in a pediatric patient Case report

Luiz Fernando Barbosa de Paulo1 0000-0003-1146-0777

Anny Isabelly dos Santos Souza2 0000-0002-1817-4653

Caio Fossalussa da Silva1 0000-0003-0816-9022

Matheus Elias Rossi2 0000-0002-7415-7479

Lvia Bonjardim Lima1,* 0000-0002-9924-4077

1 Hospital de Clnicas da Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, Minas Gerais, Brasil

2 Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlndia, Uberlndia, Minas Gerais, Brasil

*Correspondncia:

Historial do artigo:

Recebido a 19 de abril de 2022

Aceite a 20 de novembro de 2022

On-line a 15 de dezembro de 2022

Resumo

O granuloma central de clulas gigantes faz parte de um grupo de leses osteolticas que podem atingir vrias idades, tem etiologia incerta e tem sido vastamente discutido. Paciente de 10 anos de idade, com aumento volumtrico em corpo mandibular direito, diagnosticado como granuloma central de clulas gigantes. O tratamento proposto foi aplicao de corticide intralesional. Aps 8 meses de tratamento foi observada remisso da leso, com neoformao ssea na rea. O tratamento para o granuloma central de clulas gigantes pode ser cirrgico ou conservador, sendo o tratamento conservador uma excelente opo para pacientes peditricos, pois gera menos transtornos funcionais e estticos para o paciente. Este relato confirma sua boa indicao visto no haver sinais de recidiva de leso aps 42 meses de acompanhamento.

Palavras-chave: Granuloma central de clulas gigantes, Patologia, Terapia medicamentosa, Tratamento conservador

Abstract

The giant cell granuloma is part of a group of osteolytic lesions that can affect patients of different ages, has uncertain etiology, and has been widely discussed. A 10-year-old patient presented with a volumetric increase on the right mandibular body, diagnosed as a central giant cell granuloma. The proposed treatment was the application of intralesional corticosteroids.

After 8 months of treatment, the remission of the lesion was noted, with bone neoformation. Treatment for central giant cell granuloma can be surgical or conservative, and conservative treatment is an excellent option for pediatric patients because it generates fewer functional and aesthetic problems for the patient. This report confirms its good indication as the patient shows no signs of lesion recurrence after 42 months of follow-up.

Keywords: Central giant cell granuloma,Pathology, Drug therapy, Conservative treatment

Introduo

O Granuloma central de clulas gigantes (GCCG) uma leso intrassea, encontrada em uma ampla faixa etria, porm a maioria dos casos so relatados antes dos 30 anos de idade.

So mais comuns em mulheres e nas pores anteriores dos ossos gnticos, com uma maior prevalncia na mandbula.1 2

A etiologia do GCCG ainda permanece controversa, ainda que alguns autores acreditem que seja resultado de um processo reativo, infeccioso ou inflamatrio.3

Clinicamente notado um aumento de volume local sem sintomatologia dolorosa e de crescimento lento e expansivo, podendo causar deslocamento dentrio e distrbio oclusal.1, 3

Radiograficamente se apresenta como uma leso osteoltica uni ou multiloculada, podendo ter as bordas bem definidas ou no e com a possibilidade de ocorrer reabsoro radicular dos dentes em contato com a leso.4, 5 Os achados histopatolgicos incluem a presena de inmeras clulas gigantes multinucleadas, num estroma fibroso, padro semelhante ao que ocorre tambm em doenas como querubismo e tumor marrom do hiperparatireiodismo.6, 7

Quanto sua classificao, os GCCGs so divididos em agressivos e no agressivos, tendo como caractersticas de agressividade um crescimento rpido e invasivo, reabsoro radicular e uma maior tendncia de recidivas.8, 9

O GCCG pode ser assintomtico e na maioria das vezes encontrado atravs de radiografias de rotina, sendo seu diagnstico definitivo realizado atravs de bipsia incisional e excluso de doenas que tenham como caractersticas histolgicas a presena das clulas gigantes. O diagnstico diferencial deve ser feito com o tumor marrom do hiperparatireodismo atravs do exame de sangue para a avaliao de hipercalcemia, hipofostatemia e nveis elevados do hormnio da paratireide.3, 10, 11

Leses menores no agressivas so bem tratadas por meio de curetagem, porm a cirurgia em leses maiores ou agressivas geralmente composta por resseces amplas e pode resultar em desfigurao e perda de dentes.12 Existem tambm tratamentos conservadores no cirrgicos, que envolvem o uso de corticosterides, calcitonina e interferon α.13 17

O objetivo deste trabalho relatar o uso de aplicaes intralesionais de corticosteride como tratamento definitivo para um granuloma central clulas gigantes em paciente peditrico.

Relato de caso

Paciente de 10 anos, sexo masculino, compareceu ao servio de atendimento odontolgico da faculdade de odontologia da Universidade Federal de Uberlndia, com queixa de aumento volumtrico do lado direito da face, sem queixas dolorosas. O exame clnico extraoral evidenciou aumento no tero inferior da face do lado direto, com consistncia dura palpao e sem aspetos inflamatrios. Ao exame intraoral, o paciente apresentou tumorao na regio de pr‑molares com mucosa vermelho‑ arroxeada de consistncia firme e deslocamento dentrio (Figuras 1 e 2).

Figura 1. Aspeto extraoral evidenciando assimetria facial e tumorao em regio bucal direita.

Figura 2. Aspeto intraoral evidenciando tumorao de colorao vermelho‑arroxeada, associada a alterao de posio do elemento 45.

Os exames de radiografia panormica e oclusal, demonstraram rea radiolcida multiloculada na regio de corpo mandibular direito, com expanso das corticais sseas e afastamento de elementos dentrios (Figuras 3 e 4). Optou‑se ento pela realizao de bipsia incisional para investigao diagnstica. Aps assepsia e antissepsia de campo operatrio, foi realizado bloqueio anestsico do nervo alveolar inferior, lingual e nervo bucal, bem como, infiltrao anestsica com finalidade de hemostasia.

Figura 3. Radiografia panormica evidenciando rea radiolcida multiloculada em regio de corpo mandibular direito entre os elementos 43 (incluso) e 46 (erupcionado).

Figura 4. Radiografia oclusal demonstrando expanso das corticais vestibular e lingual de corpo mandibular direito associada leso, alm de alterao de posio dos elementos dentrios associados.

Por meio de inciso em mucosa gengival com lmina fria nmero 15, foram removidos dois fragmentos da leso com boa profundidade, sem necessidade de osteotomia e posterior sutura com fio de nylon para hemostasia e otimizao do reparo.

O exame histopatolgico evidenciou leso fusocelular, vascularizada, com alguns vasos apresentando depsitos hialinos perivasculares, com reas hemorrgicas, contendo inmeras clulas gigantes, no geral, distribudas difusamente por toda a leso, com reas lesionais exibindo menor concentrao delas e tecido sseo trabecular, lamelar, e focos de tecido osteoide, compatvel com granuloma central de clulas gigantes (GCCG) (Figura 5).

Figura 5. Leso fusocelular, vascularizada, com reas hemorrgicas, contendo inmeras clulas gigantes distribudas difusamente por toda a leso e focos de tecido osteoide (H&E x20).

Para diagnstico diferencial com outras doenas contendo clulas gigantes multinucleadas como Tumor Marrom do Hiperparatireidismo, Querubismo e Cisto sseo Aneurismtico foram realizados exames laboratoriais, histolgicos e radiogrficos, confirmando a hiptese de granuloma central de clulas gigantes.

Em virtude da idade do paciente e dimenso da leso, optou‑se pelo tratamento conservador por meio de aplicaes intralesionais de corticosteride. Foram realizadas oito aplicaes de corticosteride com intervalos de quinze dias a cada aplicao, seguindo o protocolo preconizado por Terry et al.16 Aps bloqueio anestsico local, foi aplicado 1 mL para cada 1 cm2 de rea radiolcida, detetada na radiografia panormica, da soluo contendo partes iguais de triancinolona acetonida (10 mg/ml) e lidocana 2% com epinefrina 1/100.000. A soluo foi distribuda por toda a leso utilizando seringa de 20 ml e agulha hipodrmica 25x07 mm, introduzida na face vestibular da mandbula.

A medicao pr‑operatria foi amoxicilina 500 mg e dexametasona 4mg, a tcnica anestsica de escolha foi o bloqueio alveolar inferior com lidocana 2% e adrenalina 1:100.000, o paciente foi medicado no ps‑operatrio com amoxicilina 500mg, uma cpsula de 8 em 8 horas por 7 dias, cetorolaco 10 mg um comprimido sublingual por 3 dias de 8 em 8 horas e metamizol 500 mg um comprimido de 8 em 8 horas por 3 dias. Para auxiliar na higiene e controle de infeo ps‑operatria, foi orientado bochecho com digluconato de clorhexidina 0,12%, 3 vezes ao dia.

Aps oito meses desde a ltima aplicao, notava‑se reduo do volume da leso nos aspetos extra e intraoral, e reduo da colorao arroxeada da mucosa inicialmente apresentada pela leso (Figuras 6 e 7). Com 12 meses do acompanhamento, no exame intraoral, a leso encontrava‑se amplamente reduzida, com elemento dentrio retomando sua posio habitual, reduo da expanso de tbua ssea vestibular, colorao de mucosa mais prxima da normalidade. Ao exame radiogrfico, podia ser notado reduo do aspeto multiloculado da leso e maior radiopacidade demonstrando formao de novo trabeculado sseo (Figuras 8 e 9).

Figura 6. Aspeto extraoral evidenciando regresso da assimetria facial 8 meses aps incio do tratamento

Figura 7. Aspeto intraoral evidenciando regresso da tumorao e da colorao arroxeada da leso aps 8 meses do incio do tratamento.

Figura 8. Aspeto intraoral demonstrando regresso da tumorao e da expanso da cortical vestibular, colorao da mucosa prxima da normalidade e

melhora do posicionamento do elemento 45 na arcada 12 meses aps incio do tratamento.

Figura 9. Radiografia panormica demonstra diminuio do aspeto multiloculado e radiolcido da leso aps 12 meses do incio do tratamento.

Aos 20 meses de acompanhamento, o exame clnico evidenciou manuteno do processo de reparo do tecido mole intraoral e do posicionamento do elemento 45 e o exame radiogrfico demonstrava trabeculado sseo com aspetos de normalidade em quase toda a extenso da regio da leso (Figuras 10 e 11).

Figura 10. Aspeto intraoral evidencia maior regresso da expanso da cortical vestibular e posicionamento do elemento 45 mais adequado na arcada, 20 meses aps incio do tratamento.

Figura 11. Radiografia panormica evidenciando trabeculado sseo com aspetos de normalidade em quase toda a extenso da regio da leso aps 20 meses do incio do tratamento.

Com 42 meses de acompanhamento o paciente encontrava‑se sem queixas. Ao exame clnico reduo significativa do volume extraoral e ao exame radiogrfico, trabeculado sseo reconstitudo, com elementos dentrios erupcionados, sem sinais de radiolucidez ou recidiva da leso (Figuras 12 e 13).

Figura 12. Aspeto extraoral demonstra regresso significativa da assimetria facial, aos 42 meses desde o incio do tratamento.

Figura 13. Radiografia panormica evidencia trabeculado sseo reconstitudo na regio da leso aps 42 meses desde o incio do tratamento, com elementos dentrios erupcionados, sem sinais de radiolucidez ou recidiva dotumor.

Discusso e concluses

O Granuloma Central de Clulas Gigantes apesar de ser uma leso benigna pode apresentar um carter agressivo, podendo causar prejuzos estticos, psicolgicos e funcionais ao paciente.1 Alm disso, essa leso comumente diagnosticada entre a primeira e terceira dcada de vida e grande parte das leses encontrada em pacientes que ainda esto na fase de crescimento, o que condiz com o caso relatado nesse trabalho.4, 12

No caso relatado, o GCCG apresentou‑se de maneira agressiva, com crescimento progressivo e expansivo, bem como, deslocamento e mobilidade dentria, no entanto uma caracterstica a ser considerada a ausncia de sintomatologia dolorosa, alm disso, segundo alguns autores,17 os GCCGs na forma agressiva apresentam uma densidade vascular aumentada em relao com as leses no agressivas, essa caracterstica foi observada no caso, como foi descrito o seu aspeto avermelhado na leso.

O comportamento biolgico da leso pode servir de apoio para a definio de qual o melhor mtodo para o tratamento, podendo ser cirrgico ou conservador. O tratamento cirrgico consiste na enucleao e curetagem conservadora, buscando preservar o mximo de estruturas anatmicas prximas leso, porm, estes procedimentos podem ser seguidos de recidivas, sendo algumas vezes necessria a resseco cirrgica em bloco com margens de segurana.1, 12 O tratamento conservador consiste em aplicaes de medicaes, atravs dos medicamentos como corticosterides, calcitonina e interferon α.4, 11, 18 No caso relatado, o medicamento de escolha foi triancinolona, devido ao fcil acesso medicao e tambm pelo sucesso j relatado na literatura.13, 15, 19 A possibilidade de um tratamento no cirrgico para o GCCG trouxe diversas vantagens para o paciente sendo as principais delas: evitar cirurgias mutilantes, baixo custo de tratamento, poucas sequelas e a no necessidade de uma internao hospitalar. A injeco intralesional de corticosterides vem sendo relatada com resultados promissores para a regresso da doena, poupando parte das estruturas proximais da leso, diminuindo o grau de morbidade do procedimento cirrgico e tambm em alguns casos levando cura completa da leso, alm de apresentar facilidade de administrao e menor invasividade do que os procedimentos cirrgicos.13, 15 No presente caso, este tratamento conservador, teve prognstico excelente, considerando os aspetos mencionados. No entanto, importante ressaltar que no foi realizado nenhum exame de imagem tridimensional (TC/CBCT); a ortopantomografia apresenta limitaes na avaliao da extenso da leso, no permitindo concluir com certeza a eficcia na resoluo completa com o tratamento utilizado.

Dois autores, em 1994,16 relataram a ideia de que os GCCG teriam um componente inflamatrio que poderia reagir ao contato com um corticoesteride, associado a um anestsico local, na proporo de 1 ml por cm de leso. No caso relatado foi utilizado a triancinolona acetonida com anestsico local lidocana 2%, seguindo o princpio descrito pelo mesmo autor. As clulas gigantes multinucleadas presentes na leso so osteoclastos e os corticoesterides tm a capacidade de inibir a atividade destas clulas.19, 20 Em 2002, autores 20 citaram que os corticoesterides tm ao apopttica nas clulas semelhantes a osteoclastos. E segundo um estudo,21 publicado em 2001, a injeo intralesional de corticoesterides se apresenta como uma forma mais segura de administrao da droga, visto que maiores concentraes do frmaco alcanam o tecido patolgico da leso, aumentando a sua eficincia em menores doses.

Um estudo,13publicado em 2020, relatou a avaliao de 11 casos acompanhados de GCCG com tratamento com injeces intralesional de corticoesterides e desses mais de 50% apresentaram boa resposta ao tratamento. De acordo a literatura e com caso descrito nesse trabalho, existe uma eficcia significativa desta modalidade de tratamentos conversador.13, 15 Alguns pontos negativos deste tipo de interveno so o tempo prolongado do tratamento e as repetidas injees para as aplicaes das medicaes, alm da necessidade de colaborao dos responsveis pelo paciente. No entanto, no presente relato nenhum desses quesitos foi empecilho conduo desta terapia no caso deste paciente.

Por fim, o tratamento conservador do granuloma central de clulas gigantes uma medida eficaz que tem o potencial de obteno de resultados satisfatrios para os pacientes. O tratamento do caso aqui reportado teve prognstico satisfatrio e poupou o paciente de abordagens agressivas e mutiladoras.

Alm disso, de grande importncia ressaltar que o diagnstico precoce e a colaborao do paciente so factores fundamentais quando esta modalidade de tratamento empregada.

Referncias

1. Chrcanovic BR, Gomes CC, Gomez RS. Central giant cell lesion of the jaws: An updated analysis of 2270 cases reported in the literature. J Oral Pathol Med. 2018;47:731‑9.

2. El‑Naggar AK, Chan JKC, Grandis JR, Takata T, Slootweg PJ. World Health Organization Classification of Head and Neck Tumours. 4th ed. Lyon: IARC; 2017. 256‑7.

3. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Chi AC. Patologia Oral e Maxilofacial 4a Ed. de Janeiro R. Elsevier; 2016.

4. de Lange J, Van den Akker HP, Van den Berg H. Central giant cell granuloma of the jaw: a review of the literature with emphasis on therapy options. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2007;104:603‑15.

5. Cohen MA, Hertzanu Y. Radiologic features, including those seen with computed tomography, of central giant cell granuloma of the jaws. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1988;65:255‑61.

6. Hoch B, Hermann G, Klein MJ, Abdelwahab IF, Springfield D. Giant cell tumor complicating Paget disease of long bone. Skeletal Radiol. 2007;36:973‑8.

7. Martnez‑Tello FJ, Manjn‑Luengo P, Martin‑Prez M, Montes‑Moreno S. Cherubism associated with neurofibromatosis type 1, and multiple osteolytic lesions of both femurs: a previously undescribed association of findings. Skeletal Radiol. 2005;34:793‑8.

8. Nicolai G, Lor B, Mariani G, Bollero P, De Marinis L, Calabrese L. Central giant cell granuloma of the jaws. J Craniofac Surg. 2010;21:383‑6.

9. Etoz M, Asantogrol F, Akyol R. Central giant cell granulomas of the jaws: retrospective radiographic analysis of 13 patients. Oral Radiol. 2020;36:60‑8.

10. Silva WSA, Moreira G, Marques IP, Silva AF. Leso Central de Clulas Gigantes‑Relato de Caso. Revista Eletrnica Acervo Sade. 2019;(volume suplementar 17):e192.

11. Kruse‑Lsler B, Diallo R, Gaertner C, Mischke KL, Joos U, Kleinheinz J. Central giant cell granuloma of the jaws: a clinical, radiologic, and histopathologic study of 26 cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2006;101:346‑54.

12. Lima BC, Pinheiro GL, Pinto LA, Cavalcante MA. Treatment of a central giant cell lesion in the mandible. Natl J Maxillofac Surg. 2021;12:414‑7.

13. Nogueira RLM, Osterne RLV, Verde RMBL, Azevedo NO, Teixeira RC, Cavalcante RB. Intralesional injection of triamcinolone hexacetonide as an alternative treatment for central giant cell lesions: a prospective study. Br J Oral Maxillofac Surg. 2020;58:e283‑9.

14. Gonalves IMF, Luna AHB, de Melo DP, Nonaka CFW, Alves PM. Pharmacological Therapy for Treatment of Recurrent Central Giant Cell Lesion in a Child. J Dent Child (Chic). 2019;86:113‑7.

15. Borges MV, Nunes MCC, Favretto CO, Garcia NG. Tratamento conservador de extensa leso de clulas gigantes. Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac. 2020;61:33‑7.

16. Terry BC, Jacoway RJ. Management of central giant cell lesion: an alternative to surgical therapy. Oral Maxfac Surg Clin North Am. 1994;6:579600.

17. Borges HO, Machado RA, Vidor MM, Beltrao RG, Heitz C, Filho MS. Calcitonin: a non‑invasive giant cells therapy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72:959‑63.

18. Nogueira RL, Teixeira RC, Cavalcante RB, Ribeiro RA, Rabenhosrt SH. Intralesional injection of triamcinolone hexacetonide as an alternative treatment for central giant‑cell granuloma in 21 cases. Int J Oral Maxillofac Surg. 2010;39:1204‑10.

19. Abukawa H, Kaban LB, Williams WB, Terada S, Vacanti JP, Troulis MJ. Effect of interferon‑alpha‑2b on porcine mesenchymal stem cells. J Oral Maxillofac Surg. 2006;64:1214‑20.

20. Carlos R, Sedano HO. Intralesional corticosteroids as an alternative treatment for central giant cell granuloma. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2002;93:161‑6.

21. Kurtz M, Mesa M, Alberto P. Treatment of a central giant cell lesion of the mandible with intralesional glucocorticosteroids. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2001;91:636‑7.

*Autor correspondente:

Lvia Bonjardim Lima

Correio eletrnico: liviabonjardim@hotmail.com

Conflito de interesses

Os autores declaram no haver conflito de interesses.

Responsabilidades ticas

Proteo de pessoas e animais. Os autores declaram que para esta investigao no se realizaram experincias em seres humanos e/ou animais.

Confidencialidade dos dados. Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca do acesso aos dados de pacientes e sua publicao.

Direito privacidade e consentimento escrito. Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondncia est na posse deste documento.

Declarao de contribuio dos autores CRediT

Luiz Fernando Barbosa de Paulo: Conceitualizao, Redao reviso e edio, Superviso.

Anny Isabelly dos Santos Souza: Investigao, Redao do rascunho original.

Caio Fossalussa da Silva: Investigao, Redao do rascunho original.

Matheus Elias Rossi: Investigao, Curadoria dos dados. Lvia

Bonjardim Lima: Conceitualizao, Redao reviso e edio, Superviso.

1646-2890/ 2022 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentria. Published by SPEMD.

This is an open access article under the CC BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).