Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
Revista Portuguesa de Estomatologia Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial | 2021 | 62 (1) | 63-68
Caso ClÍnico
Linfoma folicular no palato duro posterior: Caso clínico
Follicular lymphoma in the posterior hard palate: A case report
a Serviço de Estomatologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
Pedro Dias Ferraz - pedro.ferraz1992@gmail.com
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 62
Issue - 1
Caso ClÍnico
Pages - 63-68
Go to Volume
Article History
Received on 28/09/2020
Accepted on 28/02/2021
Available Online on 30/03/2021
Keywords
Caso Clnico
Linfoma folicular no palato duro posterior: Caso clnico
Follicular lymphoma in the posterior hard palate: A case report
Pedro Dias Ferraza*, Daniela Pereira Coelhoa, Beatriz Domingueza, Olimpia Delgadoa, Jos Pedro Figueiredoa
aServio de Estomatologia, Centro Hospitalar e Universitrio de Coimbra, Coimbra, Portugal
Historial do artigo:
Recebido a 28 de setembro de 2020
Aceite a 28 de fevereiro de 2021
On-linea 30 de marco de 2021
Resumo
O linfoma folicular e uma neoplasia linfoproliferativa maligna de comportamento indolente associada a celulas B do foliculo central. Apesar de ser o segundo subtipo mais comum de Linfoma Nao-Hodgkin, a sua manifestacao na cavidade oral e raramente descrita.
O linfoma folicular oral apresenta pouca informacao clinica, epidemiologica e patolgica documentada. E descrito um caso de um linfoma folicular diagnosticado a partir do palato duro numa doente de 59 anos. A doente foi transferida para o Servico de Hematologia, tendo sido submetida ao plano de tratamento que incluiu quimioterapia. Pretende-se demonstrar quao importante e a realizacao de uma historia clinica cuidada, o dominio da patologia oral, o estudo multidisciplinar pelas diferentes especialidades medicas, bem como o prognostico desta patologia.
Palavras-chave: Extranodal,Linfoma folicular, Linfoma No-Hodgkin, Palato duro
Abstract
Follicular lymphoma is a malignant lymphoproliferative neoplasm with indolent behavior associated with follicular center B cells. Although it is the second most common subtype of non-Hodgkins lymphoma, its manifestation in the oral cavity is rarely described. There is little documented clinical, epidemiological, and pathological information on oral follicular lymphoma. A case of follicular lymphoma diagnosed from the hard palate in a 59-year-old patient is described. The patient was transferred to the Hematology Service and underwent a treatment plan that included chemotherapy. This case report is intended to demonstrate the importance of a careful clinical history, mastery of oral pathology, multidisciplinary study by different medical specialties, and prognosis of this pathology.
Introduo
Os linfomas so um grupo heterogneo de neoplasias malignas caracterizado pela proliferao de linfcitos clonais nos gnglios linfticos e outros rgos linfides (bao, fgado), podendo tambm infiltrar a medula ssea e outros rgos no linfoides.
Os linfomas no‑hodgkin (LNH), so os linfomas mais frequentes, correspondendo a cerca de 4‑5% de todos os tumores malignos. Os LNH compreendem um grupo de neoplasias malignas de clulas B, T ou NK em vrios estdios de diferenciao, 90% destes de clula madura. Uma significante proporo de doentes com LNH (20‑30%), tm envolvimento extra‑ganglionar.
1 A regio de cabea e pescoo o segundo local mais comum de manifestao extra‑ganglionar, sendo mais comum o seu aparecimento no anel de Waldeyer.
2 A cavidade oral uma localizao incomum LNH com uma incidncia de 0,1 5 %.
1,
O linfoma folicular (LF) o segundo subtipo mais comum de LNH, representando cerca de 20% de todos os linfomas.
4 O LF afeta predominantemente a populao adulta, apresentando maior incidncia entre a sexta dcada de vida, com ligeiro predomnio no gnero feminino.
O LF uma neoplasia derivada das clulas B do folculo central (tipicamente centrcitos e centroblastos) e que apresenta habitualmente um padro folicular, dando uma aparncia nodular macroscpica e microscopicamente.
Relativamente imunohistoqumica as clulas tumorais expressam antignios associados s clulas B (CD19, CD20, CD22, CD79a) e so usualmente positivos para BCL2, BCL6 e CD10 e negativos para CD5 e CD43.
Pode ser classificado quanto ao grau consoante o nmero de centroblastos por campo de alta potncia: grau 1 (≤5), grau 2 (6‑15) e grau 3 (>15). LF de grau 1‑ 2 so tipicamente linfomas de baixo grau de proliferao, enquanto grau 3 podem manifestar‑se com maior agressividade.
O LF est tipicamente associado translocao cromossmica t(14;18)(q32;q21), entre o gene IGH e BCL2. Esta translocao resulta na sobre‑expresso da protena anti‑apptica intracelular BCL‑2 que permite que as clulas B neoplsicas inibam o processo apptico programado, apresentando desta forma, sobrevida prolongada.
8 A translocao t(14;18) (q32;q21) identificada em at 85‑90% dos LF grau 1‑2.
Relativamente ao curso clnico, o LF corresponde ao mais comum linfoma indolente. Os linfomas indolentes geralmente so incurveis com as abordagens teraputicas standard e so caracterizados por um curso crnico com repetidas recidivas; no entanto, muitos doentes sobrevivem largos anos com doena estvel, na ausncia de tratamento especfico.
O linfoma folicular envolve predominantemente os gnglios linfticos, assim como bao, medula ssea, sangue perifrico e menos comumente o anel Waldeyer. Qualquer grupo de gnglios linfticos pode estar envolvido e a maioria dos doentes apresentam adenopatias perifricas. Apresentaes puramente extra‑ganglionares so extremamente raras.
O linfoma folicular oral (LFO) apresenta pouca informao clnica, epidemiolgica e patolgica documentada.
Os linfomas com envolvimento extra‑ganglionar que se manifestam na cavidade oral compreendem menos de 5% de todas as neoplasias que afetam a cavidade oral, sendo que a grande maioria surge predominantemente no palato duro, seguido da lngua.
(11)) A maioria dos linfomas relatados na literatura (68%) que se manifestam na cavidade oral correspondem a linfoma B difuso de grandes clulas (LBDGC).
Caso clnico
descrito um caso clnico de uma doente de 59 anos, gnero feminino, sem antecedentes pessoais relevantes, referenciada para a consulta externa do Servio de Estomatologia do Hospital Geral dos Coves/ Centro Hospitalar Universitrio de Coimbra (CHUC), com queixas de edema na regio do palato com cerca de dois meses de evoluo. A doente referiu que a leso se apresentava indolor, de crescimento gradual. Sem outra sintomatologia associada, nomeadamente sintomas constitucionais.
O exame fsico revelou um abaulamento assimtrico do hemi‑palato duro esquerdo revelando uma leso dura, edemaciada e restrita regio edemaciada (Figuras 1 e 2).


A ortopantomografia no revelou qualquer envolvimento dos tecidos sseos (Figura 3).
As hipteses colocadas para diagnstico diferencial desta leso apresentadas foram tumores de clulas salivares (adenoma pleomrfico, carcinoma muco‑epidermoide e adenocarcinoma polimrfico de baixo grau), abcesso de origem dentria/endntica ou de origem periodontal, e neoplasia linfoproliferativa. Deste modo, procedeu‑se bipsia incisional que revelou, a nvel submucoso, a existncia de glndulas mucosas rodeadas por denso infiltrado de clulas linfoides com vago padro nodular, assim como espessamento hialino acentuado periductal (Figura 4). Os linfcitos apresentavam tamanho pequeno a intermdio com ncleos hipercromticos e irregulares, sem leses linfoepiteliais. A anlise imunohistoqumica, revelou expresso de CD20 generalizada com CD10 positivo em reas nodulares, assim como BCL‑2 e BCL‑6 (Figuras 5, 6 e 7). Estas alteraes eram compatveis com linfoma B folicular, com envolvimento de glndulas salivares minor.





Dado o diagnstico em causa, procedeu‑se ao pedido de colaborao do Servio de Hematologia do CHUC que deu seguimento ao estudo, estadiamento e tratamento da patologia.
Do estudo analtico realizado, no apresentava alteraes, nomeadamente linfocitose ou citopenias ou aumento da LDH. A imunofenotipagem do aspirado medular que revelou a presena de 1,1% de linfcitos com fentipo sugestivo de LF. No foi possvel confirmar a t(14;18) por FISH, uma vez que as clulas eram escassas. A bipsia ssea demonstrou envolvimento nodular paratrabecular por linfoma no‑Hodgkin B, cujo padro folicular sugeria LF.
Foi efetuado o estudo por tomografia computorizada (TC) cervical, torcica e abdmino‑plvico (Figura 8), que identificou adenopatias nas cadeias linfticas supra e infradiafragmticas nvel as maiores ao longo dos compartimentos mediastnicos, a maior com 36‑300mm; cadeias lombo‑articas (35x20 mm) e regies ilacas (49x29 mm).

A doente iniciou tratamento com imuno‑quimioterapia segundo o protocolo R‑CHOP
(rituximab, ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisolona), durante 6 ciclos. No fim do 3. R‑CHOP foi possvel observar a total regresso da leso do palato (Figuras 9 e 10). A doente completa os 6 ciclos de quimioterapia com resposta completa e prossegue tratamento com rituximab de manuteno a cada 2 meses, durante 2 anos.


Discusso e concluses
A afeo do palato no linfoma folicular rara.
13 O LF observado em 6% dos casos,
14 e a transformao deste para um subtipo histologicamente agressivo (alto grau), como linfoma difuso de grandes clulas B ocorre em 20‑30% dos casos.
Muitos doentes so assintomticos ao diagnstico. As manifestaes clnicas podem mesmo no existir, podendo na maioria das vezes manifestar‑se apenas por fadiga ou astenia prolongada. Noutros casos, poder incluir febre, sudorese nocturna ou perda ponderal. Devido ao seu comportamento clnico indolente, a maioria dos doentes com LF apresenta doena disseminada no momento do diagnstico inicial. Este tipo de linfoma geralmente diagnosticado por bipsia excisional de um gnglio linftico. Bipsias de core tambm podero ser usadas quando no h gnglios acessveis. Bipsias por puno aspirativa de agulha fina no so adequadas. Mais raramente o diagnstico feito por bipsia de massa extra‑ganglionar, como foi o caso desta doente.
Neste caso, o diagnstico diferencial incluiu tumores de clulas salivares (adenoma pleomrfico, carcinoma muco‑epidermoide e adenocarcinoma polimrfico de baixo grau) assim como abcesso periodontal e o linfoma no‑Hodgkin.
15 O adenoma pleomrfico, a neoplasia mais comum das glndulas salivares major e minor. O palato local mais comum quando ocorre nas glndulas salivares minor. O carcinoma muco‑epidermoide o tumor salivar maligno mais comum. Depois da glndula partida, o palato o local mais comum de manifestao deste tumor. Por ser o tumor maligno que atinge exclusivamente as glndulas salivares minor, especialmente no palato duro, o adenocarcinoma polimrfico de baixo grau tambm era um dos diagnsticos possveis.16 Condies benignas como abcessos de origem dentria ou origem periodontal so hipteses que tambm devem ser tidas em conta.
17 Todas estas patologias tm capacidade de se manifestar por edema do palato apresentando um crescimento lento e assintomtico, pelo que fizeram parte das hipteses para o diagnstico da leso.
No que respeita ao estadiamento, a tomografia computadorizada (TC) é o exame de eleio no LF. O exame por TC deve incluir a regio cervical, trax, abdmen e plvis. PET‑CT poder ser recomendada em caso de suspeita de transformao para linfoma agressivo ou para confirmar doena localizada.
O estadiamento dever ser complementado com biopsia ssea para verificar se h infiltrao medular.
Os doentes com LF so estadiados segundo a Classificao de Ann‑Arbor, de I a IV, consoante o grau de extenso da doena: localizada estdios I‑II; disseminada estdios III‑IV. Esta doente encontrava‑se num estdio IV de Ann Arbor.<
O tratamento ir depender do estadiamento da doena, do estado geral do doente e sinais de alta carga tumoral (critrios GELF (Groupe dEtude des Lymphomes Folliculaires)). Na doena localizada a radioterapia (24 Gy) poder ser potencialmente curativa. Rituximab em monoterapia poder ser usado para evitar toxicidade da radioterapia. Em casos seleccionados vigilncia ou quimioterapia podero estar indicados. J na doena disseminada no existe tratamento curativo. S dever ser iniciado tratamento se estiverem presentes sinais de alta carga tumoral: massas bulky (>7 cm) ou 3 regies ganglionares com >3 cm; esplenomegalia sintomtica; compresso de rgo pelo tumor, derrame pleural ou peritoneal; elevao de LDH ou beta2‑microglobulina; sintomas B (perda ponderal >10%, febre ou hipersudorese noturna). Na doena disseminada, o tratamento recomendado a imuno‑quimioterapia, sendo as combinaes com rituximab com CHOP ou Bendamustina as que alcanam maior sobrevivncia livre de progresso. Esquemas menos intensivos podero ser usados em doentes mais frgeis. A manuteno com Rituximab a cada 2 meses durante 2 anos aumenta a sobrevivncia livre de progresso e est recomendada aps tratamento com imuno‑quimioterapia.
O prognstico do LF encontra‑se muito relacionado com a extenso da doena no momento do diagnstico, tendo sido desenvolvida uma escala de prognstico especfica FLIPI (Follicular Lymphoma International Prognostic Index). Os 5 preditores de independentes de pior prognstico so: idade >60 anos, hemoglobina <12 g/dL, elevada LDH, doena disseminada e >4 cadeias ganglionares envolvidas. A presena de 0‑1, 2, 3‑5 destes fatores, respetivamente define baixo‑risco, risco‑intermdio e alto risco. A sobrevivncia global estimada ao 10 anos varia de 70% nos doentes de baixo risco para 35% nos doentes de alto risco (FLIPI). A doente do caso descrito apresentava um FLIPI2, que apresenta uma sobrevida estimada aos 10 anos de 50%.
Com os tratamentos atuais, a sobrevida mediana dos doentes com LF superior a 12 anos. No entanto 25 a 35% dos doentes com LF ocorre transformao para LBDGC, linfoma agressivo e de prognstico sombrio. Mais raramente poder haver transformao noutro tipo de linfoma agressivo como: Linfoma de Burkitt, Linfoma de Hodgkin ou Linfoma linfoblstico B.
Em suma, os tumores No‑Hodgkin, apesar de raros na cavidade oral, devem ser sempre considerados no diagnstico diferencial quando se suspeita de doenas malignas intra‑orais.
Pela sua raridade, todos os relatos de caso so importantes para cimentar o conhecimento existente. A identificao precoce e o encaminhamento imediato para o especialista diferenciado resultariam no manejo oportuno, e determinantes de um melhor prognstico do doente.
Responsabilidades ticas
Proteo de pessoas e animais. Os autores declaram que para esta investigao no se realizaram experincias em seres humanos e/ou animais.
Confidencialidade dos dados. Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca do acesso aos dados de pacientes e sua publicao.
Direito privacidade e consentimento escrito. Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondncia est na posse deste documento.
Conflito de interesses. Os autores declaram no haver conflito de interesses.
Referncias
1. Varun BR, Varghese NO, Sivakumar TT, Joseph AP. Extranodal non‑Hodgkins lymphoma of the oral cavity: A case report. Iran J Med Sci. 2017;42:407-11.
2. Scherfler S, Freier K, Seeberger R, Bacon C, Hoffmann J, Thiele OC. Cranio‑ maxillofacial non‑Hodgkins lymphoma: Clinical and histological presentation. J Craniomaxillofac Surg. 2012;40:e211-3.
3. Seehra J, Sherriff M, Winchester L. Craniofacial characteristics of successful responders to mandibular advancement splint therapy: A pilot study. Br J Oral Maxillofac Surg. 2014;52:314-6.
4. Mamessier E, Broussais‑Guillaumot F, Chetaille B, Bouabdallah R, Xerri L, Jaffe ES, et al. Nature and importance of follicular lymphoma precursors. Haematologia. 2014;99:802‑10.
5. Jaffe ES. Follicular lymphomas : a tapestry of common and contrasting threads. Haematologica. 2013;98:1163-5.
6. Boyd SD, Natkunam Y, Allen JR, Warnke RA. Selective Immunophenotyping for Diagnosis of B‑cell Neoplasms: Immunohistochemistry and Flow Cytometry Strategies and Results. Appl Immunohistochem Mol Morphol. 2013;21:116-31.
7. Martinez AE, Lin L, Dunphy CH, Follicular C. Grading of Follicular Lymphoma Comparison of Routine Histology With Immunohistochemistry. Arch Pathol Lab Med. 2007;131:1084‑8.
8. Kridel R, Sehn LH, Gascoyne RD. Review series Pathogenesis of follicular lymphoma. J Clin Invest. 2012;122:3424‑31.
9. Ott G, Rosenwald A. Molecular pathogenesis of follicular lymphoma. Haematologic. 2008;93;1773‑6.
10. Argyris PP, Dolan M, Piperi E, Tosios KI, Pambuccian SE, Koutlas IG. Oral follicular lymphomas. A short report of 8 cases with assessment of the IGH/BCL2 gene fusion with fluorescence in situ hybridization. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2013;116:343-7.
11. Epstein JB, Epstein JD, Le ND, Gorsky M. Characteristics of oral and paraoral malignant lymphoma: A population‑based review of 361 cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2001;92:519-25.
12. Bhattacharyya I, Chehal HK, Cohen DM, Al‑Quran SZ. Primary Diffuse Large B‑ Cell Lymphoma of the Oral Cavity : Germinal Center Classification. Head Neck Pathol. 2010;4:181-91.
13. Milgrom SA, Yahalom J. Indolent non‑Hodgkin lymphoma primarily involving the hard palate: Outcome following radiotherapy. Leuk Lymphoma. 2013;54:1208-11.
14. Solomides CC, Miller AS, Christman RA, Talwar J, Simpkins H. Lymphomas of the oral cavity: Histology, immunologic type, and incidence of Epstein‑Barr virus infection. Hum Pathol. 2002;33:153-7.
15. Leduc J, Dao TV, Kauzman A, Mainville GN. A swelling of the lateral portion of the hard palate. J Am Dent Assoc. 2017;148:44-8.
16. Elhakim MT, Breinholt H, Godballe C, Andersen LJ, Primdahl H, Kristensen CA, et al. Polymorphous low‑grade adenocarcinoma: A Danish national study. Oral Oncol. 2016;55:6-10.
17. Jayakrishnan R, Thomas G, Kumar A, Nair RA, Mathews S. Non‑Hodgkins lymphoma of the hard palate. J Indian Med Assoc. 2011;109:755-6.
18. Dreyling M, Ghielmini M, Rule S, Salles G, Vitolo U, Ladetto M, et al. Newly diagnosed and relapsed follicular lymphoma : ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow‑up. Ann Oncol. 2016;27(suppl 5):v83-90.
19. Sakhdari A, Medeiros LJ. Update on Lymphoma classification: The 2016 revised World Health Organization Classification of Hematopoietic and Lymphoid Neoplasms. Adv Cell Gene Ther. 2019;2:e57.
Pedro Dias Ferraz
Correio eletronico: pedro.ferraz1992@gmail.com