Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
Revista Portuguesa de Estomatologia Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial | 2020 | 61 (2) | 79-85
Caso ClÍnico
Diagnóstico precoce na displasia cementária periapical: relato de caso com 7 anos de acompanhamento
Early diagnosis in periapical cemental dysplasia: case report with 7 years of follow-up
a Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil
b Cirurgiã dentista pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, Brasil
c Faculdade Adventista da Bahia, Cachoeira, Brasil
Júlia Vianna Néri Andrade Reis - dra.julianeri@gmail.com
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 61
Issue - 2
Caso ClÍnico
Pages - 79-85
Go to Volume
Article History
Received on 25/03/2020
Accepted on 11/08/2020
Available Online on 10/09/2020
Keywords
Caso Clinico
Diagnostico precoce na displasia cementaria periapical: relato de caso com 7 anos de acompanhamento
Early diagnosis in periapical cemental dysplasia: case report with 7 years of follow-up
Jlia Vianna Nri Andrade Reisa,*, Fernanda Bonifcio de Andrade Nogueirab, Daniel Adrian Silva Souzac, Jean Nunes dos Santosa, Luciana Maria Pedreira Ramalhoa, Eduardo Azoubela
a Programa de Ps-Graduao em Odontologia e Sade da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil. b Cirurgi dentista pela Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica, Salvador, Brasil.c Faculdade Adventista da Bahia, Cachoeira, Brasil.
http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2020.09.706
Resumo
A displasia cementria periapical um distrbio de formao e remodelao do tecido sseo que durante o seu desenvolvimento sofreu alterao na diferenciao celular, resultando num tecido malformado. Apresenta-se predominantemente em pessoas do gnero feminino, etnia negra e na faixa etria dos 40 anos. Pode ser confundida com as leses periapicais inflamatrias de origem endodntica devido semelhana de suas caractersticas radiogrficas.
A displasia cementria periapical geralmente identificada por meio de exames radiogrficos de rotina, pois tende a no apresentar sinais e sintomas clnicos. O diagnstico precoce torna-se relevante para o planeamento teraputico dessa patologia, que na maioria dos casos conservador e se traduz no acompanhamento clnico e radiogrfico. O objetivo deste estudo foi apresentar um caso de displasia cementria periapical, diagnosticado precocemente na fase inicial, com acompanhamento de sete anos, com foco nos mtodos diagnsticos e tratamento disponveis.
Palavras-chave: Cementoma, Diagnstico bucal, Neoplasias mandibulares
Abstract
Periapical cemental dysplasia is a disorder of bone tissue formation and remodeling where, during its development, bone tissue suffers a change in cell differentiation, resulting in malformed tissue. It presents predominantly in the female sex, black ethnicity, and the age group of 40 years. It can be confused with inflammatory periapical lesions of endodontic origin due to its similar radiographic characteristics. Periapical cemental dysplasia is usually identified through routine radiographic examinations, as it tends to show no clinical signs and symptoms.
Early diagnosis is important for the treatment plan of this pathology, which, in most cases, is conservative and translates into clinical and radiographic monitoring. The aim of this study was to present a case of periapical cemental dysplasia with early diagnosis in the first stage and a seven-year follow-up, focusing on the diagnostic and treatment methods available.
Keywords: Cementoma, Oral diagnosis, Mandibular neoplasms
Introduo
A displasia cementria periapical (DCP) um distrbio de formao e remodelao do tecido sseo que durante o seu desenvolvimento sofreu alguma alterao durante a diferenciao celular, resultando num tecido malformado. A leso no apresenta caractersticas neoplsicas e sua localizao envolve habitualmente a regio do peripice dos dentes anteroinferiores.1
Os pacientes que apresentam a DCP so predominantemente de meia idade, gnero feminino e de etnia negra. No entanto, isso no exclui a possibilidade de uma certa prevalncia em indivduos jovens e de outras etnias.1 Geralmente, os dentes relacionados com essas leses demonstram vitalidade pulpar e so assintomticos, sem sinais e sintomas clnicos evidentes.2
Os aspetos imagiolgicos da DCP so primordiais para interpretar e diferenciar o processo da leso que evolui em trs fases: a fase inicial da instalao da displasia constituda predominantemente por reas radiolcidas, quase regulares na regio dos pices de um ou mais dentes; na fase intermediria, as leses apresentam reas radiopacas irregulares entre as reas radiolcidas; e na fase final, as leses apresentam‑se prevalentemente radiopacas, com halo radiolcido irregular. Pode‑se inferir a importncia do conhecimento desses aspetos radiogrficos para o domnio do diagnstico seguro da DCP, pois na sua fase inicial a mesma pode ser confundida com uma leso periapical crnica de origem endodntica. O que poder diferenci‑las ser a resposta positiva ao teste de sensibilidade pulpar, que um indicativo para DCP, enquanto que as periapicopatias apresentaro uma resposta negativa. Desse modo, no se deve realizar o tratamento endodntico sem prestar um correto diagnstico e tambm avaliar o quadro de evoluo da patologia, considerando sempre optar por um tratamento mais conservador.1, 3
As leses cemento‑sseas so estabelecidas em trs grupos: focal, periapical e florida, diferindo quanto a sua localizao e apresentao clnica/radiogrfica, a denominao focal utilizada quando a leso isolada; periapical quando h a presena de mltiplas leses na regio anterior de mandbula; e florida para casos em que h envolvimento amplo de outras regies dos ossos gnticos. As trs demonstram caractersticas histopatolgicas semelhantes, ou seja, as leses displsicas consistem de tecido conjuntivo fibroso com uma mistura de osso imaturo, lamelar, e partculas semelhantes ao cemento. Com a maturao, as trabculas sseas se tornam espessas e curvilneas. Ainda, no seu estgio final, foi relatada a fuso das trabculas e formao de massas lobulares compostas de material cemento‑sseo, acelular e desorganizado.2, 3
O diagnstico precoce de displasia cementria periapical essencial para melhor conduo do planeamento teraputico, que na maioria dos casos se traduz em acompanhamento clnico e radiogrfico, com observao da estabilizao da leso sem causar nenhum dano ao paciente. Para tal, o clnico deve realizar uma anamnese detalhada, associada ao exame fsico e radiogrfico, assim como mtodos de diagnstico diferencial supracitados.2 ‑ 4
O objetivo do presente trabalho relatar um caso clnico de displasia cementria periapical, com diagnstico precoce ainda em fase inicial e acompanhamento de sete anos, com foco nos mtodos diagnsticos e tratamento empregados disponveis.
Caso clnico
Paciente do gnero feminino, 15 anos, faioderma, procurou atendimento odontolgico privado, no ano de 2012, para avaliao de seus terceiros molares, que se encontravam inclusos, tendo sido pedida pelo clnico uma radiografia panormica.
Alm da presena dos terceiros molares a radiografia revelou tambm uma rea radiolcida na regio dos incisivos inferiores, prxima ao peripice dos dentes 32 e 33, em que o espao do ligamento periodontal e a lmina dura permaneciam preservados (Figure 1).

Apesar deste achado no ser a queixa principal da paciente, a mesma no relatava nenhum incomodo no local, negava traumatismos anteriores e ao exame fsico observou‑se que os dentes se encontravam hgidos, com resposta positiva ao teste
de sensibilidade pulpar, caracterizando vitalidade nos mesmos, ausncia de aumento de volume na regio e tambm de quaisquer sinais clnicos que justificassem a leso observada na radiografia. A conduta inicialmente proposta a paciente foi a realizao do tratamento endodntico dos elementos prximos a leso e, aps a concluso do mesmo, ela deveria retornar ao ambulatrio para realizar a exciso cirrgica da leso. No entanto, a paciente optou por ouvir uma segunda opinio a respeito dos achados radiogrficos e conduta clnica inicial, porm teve uma grande surpresa quando foi diagnosticada como DCP, e a conduta proposta por este foi a proservao e acompanhamento clnico‑radiogrfico anual da patologia, ficando a mesma de decidir qual das duas condutas iria seguir.
Aps 15 dias da consulta a paciente retorna e informa que trataria o caso conservadoramente, sendo assim estipulados perodos de retornos, onde se fariam radiografias de acompanhamento e caso houvessem alteraes significativas outras condutas poderiam ser tomadas.
Posteriormente, no ano de 2014, foi observado pequeno crescimento da displasia, que se estendia lateralmente a unidade 33 at a unidade 41, ambos por mesial. Apresentava‑se uma leso predominantemente osteoltica com contedo hiperdenso em seu interior, evidenciado imagem mista, que corresponde a fase intermediria da DCP (Figuras 2, 3, 4 e 5). Alm disso, no houve evidncias de expanso das corticais sseas adjacentes e a paciente no acusava sintomatologia dolorosa.




Novamente o teste de sensibilidade pulpar teve resposta positiva em todos os dentes envolvidos, descartando a possibilidade de necrose pulpar.
Em 2015, as imagens sugeriam que a leso permanecia na fase intermediria, sem nenhuma alterao considervel em sua extenso, embora tenha‑se notado um aumento da calcificao na leso no exame de imagem (Figuras 6 e 7). Os elementos continuavam vitais, e a paciente no relatou sintomatologia dolorosa.
No ano de 2017, a leso manteve sua extenso e os dentes, vitalidade. Observou‑se tambm notvel formao ssea, abrangendo 2/3 da rea radiolcida (Figuras 8, 9 e 10), corroborando assim com a ideia do diagnstico inicial de DCP.





Em 2019, sete anos aps o atendimento inicial, notou‑se a continuidade do quadro de higidez dos dentes e mucosa, vitalidade pulpar e tambm ausncia de qualquer aumento de volume na regio (Figuras 11 e 12). Nota‑se, porm, um maior quadro da calcificao da massa central da leso e apesar da inexistncia de uma bipsia confirmativa, j que esta poderia expor a leso e causar um quadro infeccioso, pode‑se sugerir fortemente que a leso uma DCP, pois na comparao dos exames de imagem a leso evidenciava maior formao ssea, quando comparada a de 2017, alm disso foi notado um crescimento da calcificao dentro da rea radiolcida, alojada prximo aos peripices das unidades dentrias. (Figuras 13 e 14).




Discusso e concluses
Este presente relato de caso teve como objetivo enfatizar a importncia de um correto diagnstico clnico e proservao do caso atravs de sinais e sintomas clnicos e exames de imagem.
Este caso clnico seguiu todos os protocolos da instituio para acesso aos dados aqui descritos. Obtivemos tambm a autorizao de divulgao de imagem por parte do paciente, mediante um termo de consentimento livre e esclarecido.
Com o intuito de potencializar a relevncia clnica do presente relato e sua importncia para o meio acadmico‑cientfico, foi realizada uma busca ativa da literatura pela plataforma PubMed, utilizou‑se a seguinte estratgia de busca Periapical cemento‑osseous dysplasia differential diagnosis, desse modo alcanando 214 resultados. Foram includos na presente seleo quaisquer tipos de estudos; realizados em pacientes humanos; escritos na lngua inglesa; com um perodo mximo de 5 anos desde sua publicao. No que se refere aos critrios de no‑incluso temos: trabalhos que no contemplem a metodologia proposta acima, que no apresentem seu respectivo resumo na plataforma de busca e trabalhos duplicados. Um total de 199 artigos foram excludos aplicando os critrios supracitados, e 15 foram includos em sntese qualitativa.
A displasia cemento‑ssea uma leso fibroso‑ssea benigna da regio dentria dos maxilares com origem no ligamento periodontal. Aparece predominantemente em mulheres (88%) negras (32 a 64% dos casos), com pico de incidncia na quarta e quinta dcadas de vida.5, 6 A displasia cemento‑ssea dividida em trs grupos: displasia cemento‑ssea periapical (DCP), displasia cemento‑ssea focal e displasia cemento‑ssea florida.7
Tratando‑se da DCP, mantemos um padro semelhante de prevalncia populacional. Afeta mais frequentemente a regio anterior da mandbula, se caracteriza como uma leso circunscrita, envolvendo dentes vitais, podendo se apresentar de forma mltipla e com tamanho < 1 cm.8 Sua aparncia clnica varia de no expansvel e assintomtica a expansvel e, s vezes, sintomtica.9 A DCP geralmente no necessita de interveno, mas recomenda‑se o acompanhamento.5, 7, 10
Seu diagnstico diferencial varia de acordo com o estgio da leso. No estgio osteoltico inicial, a DCP deve ser diferenciada da periodontite apical. Nos estgios mais avanados, pode incluir um fibroma ossificante, doena ssea de Paget, osteomielite esclerosante crnica e cementoma.7, 10 ‑ 12 A diferenciao da origem endodntica e no‑endodntica da radiolucncia e a distino dos marcos anatmicos por avaliao clnica apropriada e uso de testes de vitalidade podem dar uma oportunidade para evitar intervenes desnecessrias, como o tratamento endodntico.4, 5, 7, 9
Em geral, as leses fibroso‑sseas benignas dos maxilares representam um grupo diversificado de condies nas quais as condies clnicas, radiolgicas e mesmo o diagnstico histopatolgico pode ser difcil de estabelecer. Conseguir um diagnstico final preciso de primordial importncia, uma vez que definir a ao teraputica apropriada.11
Num estudo de prevalncia, foram recuperados 35 casos de DCP no perodo de seis anos. Na grande maioria dos indivduos, no foram observadas caractersticas de raa, idade e localizao divergentes do habitual.13 Entretanto existem relatados casos de DCP, descritos como leses mltiplas na mandbula e na maxila, localizados na extenso de molares e pr‑molares,14 ‑ 16 em pacientes leucodermas10, 16 e na segunda dcada de vida.10,
A DCP apresenta um cenrio caracterstico habitual de acometimento, o qual essencial no diagnstico dessas leses, dispensando a realizao de bipsia.1, 17, 18 No entanto, quando essas caractersticas clnicas e radiogrficas divergem do habitual e h ausncia de vitalidade pulpar, pode‑se optar pela mesma.2, 17
O caso clnico relatado neste trabalho foi de uma paciente com 15 anos de idade, faioderma, que apresenta leso na regio periapical de incisivos inferiores, tendo apenas a idade como caracterstica incomum na patologia. Em relao ao diagnstico diferencial da DCP na primeira fase radiogrfica, incluem‑se, as periapicopatias (quisto periodontal apical e granuloma).2, 14 Estas apresentam uma resposta negativa no teste de vitalidade pulpar, enquanto que nos casos de DCP a resposta positiva.2, 4 Vale ressaltar que o diagnstico s confirmado atravs da avaliao do estgio de desenvolvimento dessas leses por meio dos exames imagiolgicos.2, 4
Durante o perodo de 7 anos, a leso progrediu ao longo das etapas inicial e intermediria. No primeiro ano de acompanhamento, apresentava uma imagem osteoltica, e, aps dois anos sugeria o incio da fase mista, progredindo com a calcificao (e consequente remisso) a cada ano subsequente.
Num estudo de acompanhamento radiogrfico com 54 pacientes apresentando leses displsicas periapicais e/ou de forma focal nos maxilares, pde‑se perceber que tambm as leses de DCP no aumentam de tamanho desde seu estgio inicial.19A progresso da leso de DCP marcada pela esclerose e calcificao.18 O risco de necrose e infeo secundria aumenta por conta da isquemia dos tecidos afetados.16, 20 A quantidade de tecido duro, acelular e avascular, torna maior o risco de necrose, cicatrizao tardia e infeo e inviabiliza a realizao de procedimentos cirrgicos nessas leses onde a esclerose ssea est presente.18 Da mesma forma, no aconselhvel a realizao de bipsias e exodontias na regio.16, 18, 20
No entanto, se observada alguma sintomatologia dolorosa, novas abordagens sero necessrias. Quando as leses se tornam sintomticas e extensas, a resseco cirrgica pode se tornar uma proposta vivel de tratamento.16, 19, 20
As leses displsicas normalmente no apresentam sintomatologia. Estas geralmente so ocasionadas por alguma infeo secundria.21 As causas da infeo secundria so complicaes da sade bucal, como doena pulpar, periodontite, e exposio da leso ao meio bucal.19, 21 Alm disso, intervenes inadequadas, como o tratamento endodntico, extraco dos dentes e exciso da leso, tambm podem resultar numa infeco secundaria.21 Num estudo de acompanhamento radiogrfico realizado com 54 pacientes com leses displasicas incluindo a DCP, 2/3 apresentaram sinais e sintomas inflamatrios ou atraso na cicatrizacao.19
As caractersticas radiogrficas da leso, sua localizao, ausncia de sintomatologia e principalmente presena de vitalidade pulpar, foram essenciais para a proposta do diagnostico inicial de displasia cementaria periapical. Sua confirmao se deu a partir do acompanhamento peridico da paciente, com ateno para o processo evolutivo da leso.
Portanto, para o correto diagnstico da displasia cementaria periapical torna‑se fundamental a realizao dos testes de sensibilidade pulpar e avaliao radiogrfica sucinta, incluindo a evoluo dos seus estgios de desenvolvimento e os relatos do paciente, no que diz respeito a quaisquer sintomatologia dolorosa.
O tratamento ideal para DCP e a proservao, na maioria dos casos assintomticos, traduzindo‑se num acompanhamento Clinico e radiogrfico anual at sua estabilizao. Nos casos sintomticos esta indicada a realizao de biopsia e tratamento de resseco cirrgica da leso.
Referncias
1. Consolaro A, Azevedo ACO, Genovese WJ, Oliveira IA, Miranda DAO. The tooth has pulp vitality and has a periapical lesion: Criteria for diagnosis and treatment. Dental Press Endod. 2018;8:8‑16.
2. Waldron CA. Fibro‑osseous lesions of the jaws. J Oral Maxillofac Surg. 1993;51:828-35.
3. Su L, Weathers DR, Waldron CA. Distinguishing features of focal cemento‑osseous dysplasias and cemento‑ossifying fibromas: I. A pathologic spectrum of 316 cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1997;84:301‐9.
4. Daviet‑Noual V, Ejeil AL, Gossiome C, Moreau N, Salmon B. Differentiating early stage florid osseous dysplasia from periapical endodontic lesions: a radiological‑based diagnostic algorithm. BMC Oral Health. 2017;17:161.
5. Brody A, Zalatnai A, Csomo K, Belik A, Dobo‑Nagy C. Difficulties in the diagnosis of periapical translucencies and in the classification of cemento‑osseous dysplasia. BMC Oral Health. 2019;19:139.
6. Woo SB. Central Cemento‑Ossifying Fibroma: Primary Odontogenic or Osseous Neoplasm? J Oral Maxillofac Surg. 2015;73,S87-S93.
7. Delai D, Bernardi A, Felippe GS, da Silveira Teixeira C, Felippe WT, Santos Felippe MC. Florid Cemento‑osseous Dysplasia: A Case of Misdiagnosis. J Endod. 2015;41:1923‑6.
8. Mortazavi H, Baharvand M, Rahmani S, Jafari S, Parvaei P. Radiolucent rim as a possible diagnostic aid for differentiating jaw lesions. Imaging Sci Dent. 2015;45:253‑61.
9. Malek M, Cortes LM, Sigurdsson A, Rosenberg PA. Differential Diagnosis of a Periapical Radiolucent Lesion. A Case Report and Review of the Literature. NY State Dent J. 2015;81:52‑6. PMID: 26521329
10. Senia ES, Sarao MS. Periapical cemento‐osseous dysplasia: a case report with twelve‐year follow‐up and review of literature. Int Endod J. 2015;48:1086‑99.
11. Mainville G, Turgeon D, Kauzman A. Diagnosis and management of benign fibro‑ osseous lesions of the jaws: a current review for the dental clinician. Oral Dis. 2017;23:44050.
12. Humagain M, Dawadi A, Srii R, Poudel P. Peripheral Cemento‑Ossifying Fibroma. Kathmandu Univ Med J (KUMJ). 2017;15:261‑4. PMID: 30353905
13. Owosho AA, Potluri A, Bilodeau EA. Osseous dysplasia (cemento‑osseous dysplasia) of the jaw bones in western Pennsylvania patients: analysis of 35 cases. Pa Dent J (Harrisb). 2013;80:25-9. PMID: 24600770
14. Tanaka H, Yoshimoto A, Toyama Y, Iwase T, Hayasaka N, Moro I. Periapical cemental dysplasia with multiple lesions. Int J Oral Maxillofac Surg. 1987;16:757‑63.
15. Falace DA, Cunningham CJ. Periapical cemental dysplasia: simultaneous occurrence in multiple maxillary and mandibular teeth. J Endod. 1984;10:455‑6.
16. Roghi M, Scapparone C, Crippa R, Silvestrini‑ Biavati A, Angiero F. Periapical cemento‑osseous dysplasia: clinicopathological features. Anticancer Res. 2014;34:2533‑6. PMID: 24778071
17. Galgano C, Samson J, Kuffer R, Lombardi T. Focal cemento‑osseous dysplasia involving a mandibular lateral incisor. Int Endod J. 2003;36:907‑11.
18. Baden E, Saroff SA. Periapical cemental dysplasia and periodontal disease. A case report with review of the literature. J Periodontol. 1987;58:187‑91.
19. Kawai T, Hiranuma H, Kishino M, Jikko A, Sakuda M. Cemento‑osseous dysplasia of the jaws in 54 Japanese patients: a radiographic study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1999;87:107‑14.
20. Ariji Y, Ariji E, Higuchi Y, Kubo S, Nakayama E, Kanda S. Florid cemento‑osseous dysplasia: Radiographic study with special emphasis on computed tomography. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1994;78:391‑6.
21. Min CK, Koh KJ, Kim KA. Recurrent symptomatic cemento‑osseous dysplasia: A case report. Imaging Sci Dent. 2018;48:131‑7.
Jlia Vianna Nri Andrade Reis
Correio eletrnico: dra.julianeri@gmail.com
Responsabilidades eticas
Protecao de pessoas e animais. Os autores declaram que os procedimentos seguidos estavam de acordo com os regulamentos da comissao de investigacao clinica e etica relevante e de acordo com os do Codigo de Etica da Associacao Medica Mundial (Declaracao de Helsinquia).
Confidencialidade dos dados. Os autores declaram ter seguido os protocolos do seu centro de trabalho acerca do acesso aos dados de pacientes e sua publicacao.
Direito a privacidade e consentimento escrito. Os autores declaram ter recebido consentimento escrito dos pacientes e/ou sujeitos mencionados no artigo. O autor para correspondncia esta na posse deste documento.
Conflito de interesses
Os autores declaram nao haver conflito de interesses.
Historial do artigo:
Recebido a 25 de marco de 2020
Aceite a 11 de agosto de 2020
On-line a 11 de setembro de 2020