Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXIX Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-Facial Vila Real, 16 a 18 de março de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 74
Revisão
#SPODF-09 Mordida Aberta: Reconhecimento e Abordagem (Revisão Bibliográfica)
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Revisão
Pages - 74
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Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
Keywords
Resumo
Introdução: Esta revisão tem como objetivo abordar a mordida aberta como anomalia oclusal, classificá -la, referir a sua etiologia, métodos de diagnóstico e abordar de forma simplificada, possibilidades de tratamento. Métodos: Foi realizado um levantamento em bases de pesquisa online (Medline, Cochrane, Embase, Pubmed, Lilacs e BBO) entre os anos de 2005 e 2014, com enfoque em estudos clínicos randomizados, estudos longitudinais prospetivos não randomizados, revisões sistemáticas e meta -análises. Resultados: Com a elaboração deste trabalho foi possível entender como diagnosticar a mordida aberta a partir dos seus sinais clínicos e possíveis sintomas e, identificar formas de contornar essas limitações. A mordida aberta é uma desordem oclusal caracterizada por uma sobremordida vertical diminuída. Esta falência no sentido vertical pode advir de uma anomalia no tamanho das bases ósseas maxilar e/ou mandibular, nos dentes e/ou processos alveolares e ainda junção dos dois tipos de alterações. Logo, pode ser classificada segundo as estruturas afetadas ou quanto à localização da inoclusão. A prevalência varia entre estudos, contudo, segue uma média de valores entre 25% e 38% nos pacientes ortodônticos. Conclusões: A mordida aberta é uma anomalia de etiologia multifatorial podendo estar associada a fatores gerais ou locais. Sabe - se, também, que a relação entre diversos factores pode estar presente no mesmo caso. Para um diagnóstico correto deste tipo de anomalia, é necessário um exame clínico detalhado e análise de exames complementares de diagnóstico. Como anomalia oclusal, deve ser tratada mediante o seu diagnóstico. As hipóteses de tratamento incluem, camuflagem com recurso a exodontias, tratamento ortodôntico fixo sabendo que este irá apenas alterar ou controlar a posição e altura dentárias; a remoção dos fatores etiológicos associados (quando possível) de forma passiva ou ativa; e podendo ainda ter indicação para cirurgia ortognática