Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Endodontologia Porto, 10 e 11 de fevereiro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 68
Casos Clínicos
#SPE-06 Segundo Pré-molar Inferior com Três Raízes: Caso Clínico
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 68
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Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
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Resumo
Introdução: A presença de variações anatómicas deve ser considerada antes de iniciar um tratamento endodôntico (TE). A presença de um elevado número de canais e raízes em pré-molares mandibulares, dificulta a execução do TE. O presente caso clínico demonstra o TE realizado num segundo pré?molar inferior (SPMI) com três raízes e três canais. Descrição do Caso Clínico: O paciente masculino com 51 anos de idade, raça caucasiana, apresentava dores no 4.º quadrante. O diagnóstico provável foi de pulpite irreversível no dente 4.5. A análise da radiografia periapical revelou uma dimensão cervical superior ao normal, assim como a presença de uma anatomia canalar pouco frequente, presença de três raízes e três canais radiculares com divisão no terço médio. A cavidade de acesso foi modificada de modo a revelar a presença de dois canais vestibulares e um lingual. O TE foi realizado utilizando um localizador de ápex e sistema de limas Reciproc Blue. A obturação realizou- se através de condensação lateral. Discussão: Os pré-molares mandibulares têm sido descritos como dentes desafiantes em endodontia, devido à grande variação do sistema de canais radiculares. A maioria dos SPMI possui uma única raiz com um único canal. A presença de duas ou mais raízes nestes dentes possui uma prevalência muito baixa, cerca de 0.4 %. A realização de radiografias anguladas, modificação de cavidade de acesso e utilização de magnificação são essenciais para o tratamento deste tipo de casos clínicos. A realização de CBCT pré-operatório está indicada. No caso clínico apresentado, a realização de radiografias anguladas, assim como adaptação da cavidade de acesso permitiu a identificação da anatomia canalar. A utilização de magnificação e sistema de limas com grande flexibilidade foram essenciais para a realização do TE. Conclusões: O Médico Dentista deve estar atento e reconhecer as variações anatómicas do sistema de canais radiculares. A identificação e tratamento de canais acessórios permitem o sucesso do tratamento endodôntico.