Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD | 2016 | 57 (4) | Page(s) 223-228
Original research
Growth pattern of the philtrum in cases of normal and pathological fetal development
Padrão de crescimento do filtro em casos de desenvolvimento fetal normal e patológico
a Faculty of Dental Medicine, University of Porto, Porto, Portugal.
b Department of Production and Systems Engineering, ALGORITMI Centre, University of Minho, Braga, Portugal
c CGC Genetics/Centro de Genética Clínica - Laboratory of Pathology, Porto, Portugal
d Life and Health Sciences Research Institute (ICVS), School of Health Sciences (ECS), Campus of Gualtar, University of Minho, Braga, Portugal
e ICVS/3B's - PT Government Associate Laboratory, Braga/Guimarães, Portugal
f Department of Oral Surgery of Faculty of Dental Medicine, University of Porto, Porto, Portugal
g Prenatal Diagnosis Centre, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
h Department of Medical and Orofacial Genetics of Faculty of Dental Medicine, University of Porto, Porto, Portugal
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 57
Issue - 4
Original research
Pages - 223-228
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Article History
Received on 02/06/2016
Accepted on 06/09/2016
Available Online on 25/10/2016
Keywords
Abstract
Objectives: This study aimed to determine the fetal philtrum length at early stages of gestation and perceive its growth through different gestational ages in case of normal and pathological fetal development. Methods: This cross-sectional observational study was conducted based on ultrasound images obtained at an institutional centre specialised in Prenatal Diagnosis. A total of 108 fetuses between 10 and 26 weeks of gestation were included, of which 90 corresponded to normal pregnancies and 18 to pregnancies diagnosed with fetal pathology. The fetal philtrum study was performed by ultrasound during a routine evaluation for each fetus. Fetal philtrum length was measured by ultrasonography, based on a mid-sagittal plane from the posterior border of the columella to the top of the upper lip. Data analysis was conducted through predictive models. Results: The best regression model for predicting the philtrum length between the 10th and 26th gestational weeks was the linear one (without constant). This model, defined by the equation ý = 0.294 × (R2 = 0.970, p = 0.001), represents a 0.294mm increase of the philtrum length per week of gestation. No statistically significant differences were found in the mean value of the philtrum length, either in the presence or absence of fetal pathology. Conclusions: This study provides additional data about the growth pattern of the philtrum in early stages of gestation and offers a simpler way to identify alterations in the philtrum length. However, more studies with larger samples are needed to understand better the relationship between philtrum anomalies and craniofacial abnormalities in order to obtain a more accurate prenatal diagnosis.
Resumo
Objetivos: Determinar o comprimento do filtro labial fetal em idades gestacionais precoces e compreender o seu crescimento ao longo da gestação em casos de desenvolvimento fetal normal e patológico. Métodos: Este estudo, observacional transversal, foi desenvolvido com base em imagens ultrassonográficas obtidas num centro institucional especializado em diagnóstico pré-natal. Um total de 108 fetos foram incluídos, entre a 10a e a 26a semana de gestação, dos quais 90 corresponderam a gestações normais e 18 a gestações patológicas. O estudo do filtro fetal foi realizado durante um exame ultrassonográfico de rotina para cada caso. O comprimento do filtro fetal foi medido num plano sagital médio ecográfico do bordo posterior da columela ao topo do lábio superior. A análise dos dados foi realizada através de modelos preditivos. Resultados: O melhor modelo de regressão para prever o comprimento do filtro, entre a 10a e a 26a semana de gestação foi o linear (sem constante). Este modelo, definido pela equação ý = 0.294 × (R2 = 0.970, p = 0.001), representa um aumento de 0,294mm no comprimento do filtro por semana de gestação. Não foram detetadas diferenças estatisticamente significativas no valor médio do comprimento do filtro, tanto na presença ou ausência de patologia fetal. Conclusões: Este estudo fornece dados adicionais sobre o padrão de crescimento do filtro fetal em idades gestacionais precoces e oferece uma forma simples de identificar alterações no comprimento do mesmo. Contudo, tornam-se necessários mais estudos com amostras maiores para uma melhor compreensão da relação entre as anomalias do filtro e as anomalias craniofaciais de forma a permitir um diagnóstico pré-natal mais preciso.Objetivos: Determinar o comprimento do filtro labial fetal em idades gestacionais precoces e compreender o seu crescimento ao longo da gestação em casos de desenvolvimento fetal normal e patológico. Métodos: Este estudo, observacional transversal, foi desenvolvido com base em imagens ultrassonográficas obtidas num centro institucional especializado em diagnóstico pré-natal. Um total de 108 fetos foram incluídos, entre a 10a e a 26a semana de gestação, dos quais 90 corresponderam a gestações normais e 18 a gestações patológicas. O estudo do filtro fetal foi realizado durante um exame ultrassonográfico de rotina para cada caso. O comprimento do filtro fetal foi medido num plano sagital médio ecográfico do bordo posterior da columela ao topo do lábio superior. A análise dos dados foi realizada através de modelos preditivos. Resultados: O melhor modelo de regressão para prever o comprimento do filtro, entre a 10a e a 26a semana de gestação foi o linear (sem constante). Este modelo, definido pela equação ý = 0.294 × (R2 = 0.970, p = 0.001), representa um aumento de 0,294mm no comprimento do filtro por semana de gestação. Não foram detetadas diferenças estatisticamente significativas no valor médio do comprimento do filtro, tanto na presença ou ausência de patologia fetal. Conclusões: Este estudo fornece dados adicionais sobre o padrão de crescimento do filtro fetal em idades gestacionais precoces e oferece uma forma simples de identificar alterações no comprimento do mesmo. Contudo, tornam-se necessários mais estudos com amostras maiores para uma melhor compreensão da relação entre as anomalias do filtro e as anomalias craniofaciais de forma a permitir um diagnóstico pré-natal mais preciso.