Resumo

Objetivos: Discutir os impactos da mucosite oral (MO) na sobrevivência e QdVRS em oncologia oral. Apresentar as normas recomendadas internacionalmente para actuar na MO. Materiais e métodos: Revisão sistemática da literatura (2007?2017). Resultados: A MO surge frequentemente associada à ulceração, sangramento e predisposição para infeção oral – os sinais e sintomas frequentemente se associam à má nutrição, internamento e interrupção no tratamento oncológico. A prevenção e o tratamento apoiam-se em recomendações/sugestões a favor e contra uma intervenção. O protocolo de cuidados orais, suplementos de zinco, crioterapia (30 minutos) e terapia com laser de baixa intensidade (650nm) são sugeridos. No tratamento da dor, o uso de fentanil transdérmico, bochehos com soluções de morfina a 0,2%, doxepina a 0,5% ou benzidamina podem ser úteis. Os bochechos com soluções de sucralfato ou clorohexidina e a administração de pilocarpina não estão recomendados. Conclusões: Uma adequada abordagem médica frente à MO tem como resultados um aumento da sobrevivência e uma optimização da QdVRS.