Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 54
Investigação
#139 Análise microscópica da superfície de esmalte após remineralização de lesões de cárie
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Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 54
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
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Resumo
Objetivos: Analisar e comparar microscopicamente a superfície do esmalte humano, após remineralização de lesões iniciais de cárie dentária através de distintos agentes remineralizadores. Materiais e métodos: 8 espécimenes foram obtidos a partir de 2 molares humanos e aleatoriamente distribuídos em 4 grupos (n=8). 3 Grupos (A- C) foram submetidos a solução tampão de ácido lático a pH 5, durante 6 dias para indução de lesão de cárie. Posteriormente foram escovados duas vezes ao dia, com escova elétrica e pasta dentífrica fluoretada (1450ppm de fluoreto de sódio) (ColgateTM, Triple Action), durante 7 dias. No Grupo B (n=2) adicionou-se verniz de flúor de alta concentração com fosfato de cálcio (<5%) (ClinproTM White Varnish, 3M) uma vez por semana. No Grupo C (n=2) adicionou?se caseína fosfopeptídea com fosfato de cálcio amorfo (GC Tooth Mousse, RecaldentTM) uma vez por dia. O Grupo D (n=2) constituiu o grupo controlo, não foi induzida lesão de cárie nem tratamento remineralizador. Todos os espécimenes foram armazenados em saliva artificial durante todo o estudo. A superfície de cada espécime foi analisada com microscópio eletrónico de varrimento (JEOL JSM-700001F). Resultados: No Grupo A observa?se rugosidade e desorganização da superfície com um aspeto lacunar e heterógeneo e dispersão na orientação dos prismas; no Grupo B a superfície é mais regular, evidenciando-se uma maior oclusão interprismática pelo preenchimento parcial das lacunas com depósitos de fosfato de cálcio, no entanto, apresenta alguma desorientação dos prismas; no Grupo C a superfície é mais homogénea com maior preenchimento das lacunas pela maior deposição mineral; no Grupo D evidencia-se a microrugosidade natural da superfície do esmalte. Conclusões: A aplicação única de pasta dentífrica fluoretada (Grupo A) e a sua combinação com um verniz de flúor de alta concentração com fosfato de cálcio (Grupo B) e com caseína fosfopeptídea com fosfato de cálcio amorfo (Grupo C), produzem imagens compatíveis com a remineralização do esmalte. A combinação de pasta fluoretada com caseína fosfopeptídea com fosfato de cálcio amorfo é a que produz uma melhor avaliação na qualidade de superfície de esmalte.