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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 52


Investigação

#135 Doença de Parkinson: avaliação da eficácia da Placa Palatina no controlo da disfagia





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 52
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Este trabalho de investigação tem como principal objetivo o estudo e confeção de um dispositivo intraoral adaptado que promova um melhor equilíbrio da cinemática orofacial e, simultaneamente, estimule ou restitua as normais funções do sistema estomatognático, nomeadamente, a deglutição. Materiais e métodos: A esta investigação foram sujeitos 30 indivíduos com diagnóstico de Doença de Parkinson ou Parkinsonismo e de Disfagia. Destes, apenas 15 foram selecionados para o segundo momento deste estudo, a colocação da placa palatina. Na primeira consulta, foram administrados individualmente os questionários de Swallow Quality-of- Life, e em seguida, realizaram- se as impressões das arcadas superiores. Por fim, cada doente realizou um Teste Rápido de Identificação de Disfagia, aplicado por uma avaliadora de fisiatria especializada. Com base nos modelos de gesso obtidos, confecionaram- se as placas palatinas individualizadas, em laboratório. Os 15 doentes elegíveis para a colocação do dispositivo protético deslocaram- se uma segunda vez ao hospital para a colocação da respetiva placa e reavaliação dos sintomas com base no Teste Rápido de Identificação de Disfagia. Resultados: Na presente investigação, observou- se que o número de deglutições múltiplas pré- intervenção é superior, de forma estatisticamente significativa, face ao número de deglutições múltiplas pós- intervenção (média sem placa: 9,13 /? 2,234 vs média com placa: 6,13 /? 2,295), com p=0,001. Foi ainda possível apurar outros sintomas que após a intervenção melhoraram, com diferenças estatisticamente significativas, como seja o défice de ascensão laríngea (p=0,014), a presença de tosse imediata (p=0,008) e o pigarreio (p=0,008). Todos estes valores diminuíram após a colocação da placa (p<0,05). Pelo contrário, não se encontraram diferenças estatisticamente significativas quanto à voz molhada, à presença de tosse tardia, às discinesias e à bradicinesia lingual (p>0,05). Conclusões: A placa palatina evidenciou desempenhar um papel importante na diminuição dos fatores preditivos da disfagia, minimizando- a. O desenho deste dispositivo intraoral, construído aquando do presente projeto, demonstrou ter capacidade de melhorar significativamente alguns dos sintomas mais frequentes da disfagia, como o défice de ascensão laríngea, as deglutições fracionadas, o tempo de atraso no reflexo de deglutição e o pigarreio.


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