Resumo

Objetivos: Determinar o uso da Internet por parte dos pacientes de uma clínica dentária universitária para obterem informações sobre a sua saúde oral e necessidades de tratamento. Materiais e métodos: Foi aplicado um questionário (adaptado de Riordáin, 2009) aos pacientes da Clínica Dentária Universitária da Universidade Católica Portuguesa, em Viseu, entre 17 de Março e 7 de Abril de 2017. Os dados recolhidos foram sujeitos a análise utilizando o software Excel®Micosoft. Resultados: A amostra obtida foi constituída por 100 indivíduos. Verificou? se que 50% dos pacientes tem acesso à Internet diariamente, mas apenas 43% dos pacientes procurou ou teve um familiar ou amigo que procurasse sobre a sua condição oral. O Google foi o motor de busca mais utilizado (37,1%), seguido da pesquisa quer no Google quer no Youtube (9,7%), 8,1% dos inquiridos pesquisaram no Youtube e, apenas, 3,2% dos pacientes obteve informação no Google Académico. A qualidade de informação obtida foi moderada para 40,3% dos pacientes, sendo que 11,3% considerou a qualidade baixa e, somente, 6,5% considerou elevada. De notar que, 41,9% dos pacientes que têm acesso no seu dia a dia à Internet não faz qualquer pesquisa acerca da sua condição de saúde oral. Relativamente à hipótese de consultar um médico dentista pela Internet 34% considera essa hipótese, enquanto que apenas 23% considera a possibilidade de realizar um tratamento no estrangeiro. Conclusões: A Internet parece representar uma ferramenta de obtenção de informação relevante. A relação médico dentista/paciente modificou-se desde o aparecimento da Internet. A informação disponível nos nossos dias é muito variada e os pacientes não têm, muitas vezes, a capacidade de selecionar a informação correta. Assim, o médico dentista deve estar sensibilizado para esta questão e ser capaz de corrigir a desinformação do paciente.