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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 49


Investigação

#127 Alterações musculo-esqueleticas orofaciais em doentes com artrite reumatóide





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 49
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Identificação das alterações músculo- esqueléticas orofaciais mais frequentes em doentes com Artrite Reumatóide Materiais e métodos: No presente estudo foram incluídos 38 doentes (n=38) com Artrite Reumatóide e utentes do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga. Os voluntários foram submetidos a um questionário e exame clínico, o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders. O exame clínico foi efetuado sempre pelo mesmo examinador e numa sala com temperatura controlada. Foi também efetuado um exame ecodoppler da articulação temporomandibular. Para cada doente foram captadas 4 imagens ultrassonográficas, com boca aberta e fechada, à esquerda e à direita. Os parâmetros analisados foram cinco: deformidade e contorno da superfície do côndilo, presença de erosões, aumento da vascularização sinovial e dimensão do espaço articular. Resultados: Com esta investigação, foi possível verificar que 63% dos doentes apresentam dor facial. Em 42% dos casos a dor foi bilateral, surgindo apenas à direita em 10% dos doentes e à esquerda em 11%. A origem da dor facial foi maioritariamente relacionada com a associação entre os componentes muscular e articular, quer à esquerda (40%), quer à direita (50%). Isoladamente, a mialgia foi mais frequente do que a artralgia. Os músculos mais afetados foram o corpo do masséter (extra oral) e a área onde se insere o ptérigoideu lateral superior (intraoral). O polo lateral da articulação temporomandibular foi o mais doloroso. Foi encontrada uma relação estatisticamente significativa (p>0.001) entre a dor à palpação e a limitação da abertura da boca. Alterações ósseas da superfície condilar surgiram em 100% dos doentes com estadio grave de artrite reumatóide. Conclusões: Neste estudo, os doentes com artrite reumatóide apresentaram, frequentemente, alterações músculo?esqueléticas. Os componentes muscular e articular estiveram praticamente envolvidos de forma simultânea. Foram frequentemente encontradas alterações da superfície condilar. É de grande interesse para o médico dentista que sejam reconhecidos os locais dolorosos e as alterações estruturais mais frequentes neste tipo de doentes, de forma a que seja possível uma abordagem mais efetiva e benéfica, contribuindo para que sejam aprimoradas e individualizadas técnicas que permitam minimizar os efeitos orofaciais da artrite reumatóide.


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