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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 45


Investigação

#117 Cuidados preventivos de saúde oral em Portugal: Resultados do INSEF 2015





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 45
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Uma boa saúde oral constitui um factor determinante para a qualidade de vida. As patologias orais, que estão entre as doenças mais prevalentes em Portugal, podem ser prevenidas com correctos comportamentos de higiene oral e consultas regulares. Este estudo tem como objectivo descrever os hábitos de higiene oral na população Portuguesa, avaliar a utilização de cuidados médico? dentários e a sua associação com variáveis sociodemográficas. Materiais e métodos: Realizou?se um estudo epidemiológico transversal utilizando os dados do 1.º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015), numa amostra representativa da população Portuguesa com idade entre os 25 e os 74 anos (n=4911). Para identificar factores associados aos comportamentos correctos de higiene oral e a utilização dos cuidados médico? dentários, utilizou? se a regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência ajustados (aPR; [IC95%]) da escovagem regular dos dentes e realização de consultas regulares, de acordo com sexo, idade, nível de escolaridade, rendimento, situação perante o trabalho e região. Resultados: Do total de participantes, 65% declararam escovar os dentes pelo menos 2 vezes por dia e 34,2% visitaram regularmente um profissional de saúde oral. A adesão à escovagem dentária regular foi associada ao sexo feminino (aPR=1,4; [1,3; 1,5]) e ter ensino secundário (aPR=1,5; [1,3; 1,7]) ou superior (aPR = 1,7; [1,5, 1,9]). Contudo, no Norte (aPR=0,8; [0,7; 0,9]), Centro (aPR=0,7; [0,6; 0.8]) e Açores (aPR=0,8; [0,7; 0,9]) observou?se uma menor adesão. A realização de consultas regulares foi associada ao sexo feminino (aPR=1,2; [1,1; 1,4]), e ter ensino secundário (aPR=1,9; [1,5; 2,4]), ou superior (aPR=1,9; [1,4; 2,5]). Os desempregados aPR=0,7; [0,5; 0,9]), os indivíduos com baixo rendimento (aPR=0,6; [0,5; 0,7]) e os residentes no Alentejo (aPR=0,7; [0,6; 0,9]) foram menos assíduos a visitar um profissional de saúde oral regularmente. Conclusões: Os resultados evidenciam uma relação entre ser do sexo masculino, ter um menor nível de escolaridade e rendimento, e estar desempregado com a menor adopção de comportamentos preventivos em saúde oral. Estes resultados mostram a necessidade de implementar medidas que promovam a literacia em saúde oral em Portugal e se direccionem para os subgrupos identificados. A menor adesão à prática de escovagem regular e a menor utilização de cuidados médico?dentários em algumas regiões do país carecem de uma investigação adicional que englobe variáveis contextuais.


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