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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 44


Investigação

#115 Estado de saúde oral de uma população institucionalizada com deficiência profunda





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 44
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Estudar o estado de saúde oral numa população institucionalizada com deficiência profunda, nomeadamente: a) Avaliar a prevalência e gravidade de cárie, o estado de saúde periodontal e o nível de higiene oral; b) Caracterizar os hábitos de higiene oral, de acesso a cuidados de saúde oral, tipo de alimentação e capacidade funcional; c) Determinar os fatores associados ao estado de saúde oral. Materiais e métodos: A população? alvo foram os utentes do Centro de Apoio a Deficientes Profundos Luís da Silva (Borba). A recolha de dados foi realizada nas instalações da instituição através de um exame intraoral e aplicação de um questionário aos cuidadores responsáveis pela higiene oral dos utentes. Foram avaliados o índice CPOD, o índice gengival e o índice de higiene oral simplificado, e obtidos dados acerca dos comportamentos relativos à higiene oral, acesso a cuidados de saúde oral, tipo de alimentação e nível de dependência para a higiene oral. A análise estatística foi realizada no SPSS, sendo utilizados os testes de Qui? quadrado, Mann?Whitney e Kruskal?Wallis (alfa=0,05). Resultados: A amostra foi constituída por 55 indivíduos, maioritariamente do sexo masculino (63,6%), com elevada dependência funcional, sendo a paralisia cerebral a patologia mais prevalente que motivou a institucionalização (29,1%). Obteve? se um CPOD médio de 11,15 (dp= 10,06) e prevalência de cárie de 80%. O valor médio do índice gengival foi 1,71(dp=0,73) e o valor médio do índice de higiene oral simplificado foi 1,61 (dp=0,70). A escovagem era maioritariamente realizada bidiariamente (90,0%) com auxílio de um funcionário (80,4%) e 40% dos utentes nunca realizaram consultas de saúde oral. A maioria dos utentes apresentou alimentação de textura normal (50,9%). As variáveis que contribuíram significativamente (p<0,05) para o estado de saúde oral foram o sexo, a idade, o tipo de alimentação e a capacidade funcional para a higiene oral. Conclusões: A população do estudo apresentou um estado de saúde oral precário, com elevada prevalência de cárie e inflamação gengival moderada. Os utentes apresentaram elevada dependência, necessitando de auxílio para a higiene oral, sendo o acesso a cuidados de saúde oral escasso. O valor do índice CPOD foi superior nos utentes mais idosos e menor nos utentes com dependência total para a higiene oral. A prevalência de cárie foi menor nos utentes que se alimentam por PEG. O índice de higiene oral simplificado foi superior nos utentes do sexo feminino e nos utentes com alimentação pastosa.


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