Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 36
Investigação
#093 Reabsorção condilar progressiva e cirúrgia ortognática, Revisão sistemática e Meta-análise
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 36
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Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
Keywords
Resumo
Objetivos: Dado o elevado número de pacientes portadores de deformidades dentofaciais sujeitos a cirurgia ortognática pretendeu- se determinar através de uma revisão sistemática qual a relação entre a reabsorção condilar progressiva e a cirurgia ortognática, tentando eventualmente inferir quais as melhores opções terapêuticas e o melhor meio de controlar os fatores intervenientes no aparecimento da patologia, o que permitirá ao clínico prevenir ou minimizar os seus efeitos indesejáveis. Materiais e métodos: Foi efetuada uma pesquisa nas bases de dados eletrónicas: MedLine/Pubmed, Lilacs, Ovid, Science Direct, Elsevier and Cochrane Library em Janeiro de 2017. Foram selecionados 18 artigos (com follow?up variável entre 12 a 72 meses), um ensaio clínico randomizado e 17 estudos não randomizados retrospetivos e prospetivos. Foi analisada uma amostra total de 2313 pacientes submetidos a cirurgia ortognática uni ou bimaxilar com idade mínima de 16 anos e máxima de 46. Em 206 casos (8,9%) apresentavam reabsorção condilar progressiva. Os artigos selecionados foram agrupados numa meta?análise. Resultados: Em resposta à pergunta PICO, determinou? se a existência de uma grande heterogeneidade entre os artigos selecionados, impossibilitando a sua comparação. A meta?análise confirmou que a prevalência de reabsorção condilar progressiva para os pacientes submetidos a cirurgia ortognática se insere num intervalo que varia entre 6-35%, com valor médio 21%. Conclusões: A literatura atual confirma que esta patologia é uma consequência pós?operatória de cirurgia ortognática, facto que não inviabiliza a possibilidade dos doentes portadores de grandes dismorfias dentofaciais serem tratados cirurgicamente.