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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 34


Investigação

#088 O osso de choco como biomaterial na medicina dentária





Volume - 58
Supplement - S1
Investigação
Pages - 34
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Objetivos: Pretendeu- se detetar e quantificar a concentração dos metais pesados presentes no osso de choco, antes e depois de ser submetido a um processamento hidrotermal, para atestar a sua segurança na implantação no alvéolo, após uma extração dentária, e para preenchimento de defeitos ósseos. Materiais e métodos: Foram colhidas amostras de osso de choco de exemplares capturados na costa de Esmoriz e de Setúbal. Dividiram- se as amostras em oito grupos: Grupos A1, B1 e C1 (com material não submetido a tratamento hidrotermal proveniente do Mercado de Santiago no grupo A1, do Mercado Municipal de Espinho no grupo B1 e do Mercado Municipal de Setúbal no grupo C1) e Grupos A2, B2 e C2 (com material submetido a um tratamento hidrotermal proveniente do Mercado de Santiago no grupo A2, do Mercado Municipal de Espinho no grupo B2 e do Mercado Municipal de Setúbal no grupo C2). Foram usadas amostras controlo, divididas em dois Grupos: Hidroxiapatite e Carbonato de Cálcio. As amostras foram reduzidas a pó, digeridas utilizando uma solução de ácido nítrico concentrado (65%) e submetidas à deteção e quantificação de metais pesados através da técnica da espectrometria de absorção atómica por chama (para o zinco, cobre, cádmio e chumbo) e por espectrometria de absorção atómica por redução a vapores frios (para o mercúrio). Resultados: As concentrações médias encontradas nas amostras foram inferiores aos valores máximos estabelecidos pela Comissão Europeia e às concentrações máximas permitidas estabelecidas pela Food and Drug Administration, em todos os metais testados, exceto para o chumbo e cádmio. O processamento hidrotermal diminuiu a concentração de chumbo mas aumentou a concentração dos restantes metais. Os grupos controlo apresentaram maior concentração de chumbo, cobre, cádmio, mercúrio e zinco (este último, apenas no carbonato de cálcio). Conclusões: O processamento hidrotermal revelou- se vantajoso, diminuiu os valores de chumbo nas amostras processadas relativamente às não processadas e aumentou as concentrações de cobre e zinco, benéficos para o desempenho do biomaterial in vitro e in vivo. As concentrações de chumbo no osso de choco transformado chegam a ser 6 vezes inferiores às detetadas no grupo controlo da Hidroxiapatite, usada atualmente no recobrimento de implantes metálicos ortopédicos. Assim, a presença destes metais pesados no osso de choco processado, a implantar em humanos, não parece representar nenhum perigo de toxicidade.


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