Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
SPEMD | 2016 | 57 (3) | Page(s) 171-176
Investigação Original
A razão da intervenção psicológica na deformidade dentofacial
Mental Health; Orthodontics; Questionnaires
a Serviço de Ortodontia, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade do Porto, Porto, Portugal
b Grupo de Saúde Oral e Sistema Mastigatório, Bellvitge Biomedical Research Institute-IDIBELL, Faculdade de Odontologia de Barcelona, Barcelona, Espanha
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 57
Issue - 3
Investigação Original
Pages - 171-176
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Article History
Received on 11/10/2015
Accepted on 16/03/2016
Available Online on 22/04/2016
Keywords
Resumo
Objetivos: O objetivo deste trabalho foi conhecer em que medida os médicos dentistas e os cirurgiões maxilofaciais valorizam o encaminhamento para profissionais de saúde mental no tratamento de pacientes com deformidade dentofacial. Métodos: Foi utilizado um questionário ao qual responderam 56 profissionais de saúde oral, 28 do género masculino e 28 do género feminino, com idades compreendidas entre 27-65 anos (média de 42 anos). Destes participantes, 40 foram médicos dentistas, 9 foram ortodontistas e 7 cirurgiões maxilofaciais. Resultados: Na generalidade, os profissionais de saúde oral consideram que poucos pacientes com deformidade dentofacial beneficiariam de cuidados de saúde mental. Mesmo nos casos que consideram necessitar, 62,5% dos profissionais reconhece não fazer qualquer encaminhamento. O principal motivo para o não fazer, enunciado por 39,3% dos profissionais, é o medo que o paciente reaja mal ou recuse consultar o psicólogo. Conclusão: Os profissionais de saúde oral não reconhecem a importância da intervenção de cuidados de saúde mental na deformidade dentofacial, encaminhando pouco os seus pacientes. © 2016 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Publicado por Elsevier España, S.L.U. Este é um artigo Open Access sob uma licença CC BY-NC-ND
Abstract
Objectives: The purpose of this study was to know the extent to which dentists, orthodontists and oral and maxillofacial surgeons consider referral to mental health professionals in the treatment of patients with dentofacial deformity. Methods: It was used a questionnaire to which answered 56 oral health professionals, 28male and 28 female, aged between 27 and 65 years old (mean 42 years). Of these participants 40 were dentists, nine were orthodontists and seven were oral and maxillofacial surgeons. Results: In general, oral health professionals believe that few patients with dentofacial deformity benefit from mental health care. Even in cases they consider needs, 62.5% of professionals do not recognize any referring. The main reason for not doing so, enunciated by 39.3% of the professionals, is the fear that the patient reacts badly or deny the psychological consult. Conclusion: Oral health professionals do not recognize the importance of intervention in mental health care dentofacial deformity referring just a few patients. © 2016 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Published by Elsevier España, S.L.U. This is an open access article under the CC BY-NC-ND license