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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 25


Casos Clínicos

#065 Microdontia – a propósito de um caso clínico





Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 25
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Introdução: A microdontia refere- se a dentes que apresentam tamanhos menores do que o normal, enquanto na pseudomicrodontia, existe a condição de todos os dentes parecerem mais pequenos, devido a alterações de tamanho da arcada. Microdontia generalizada é rara e pode estar associada ao hipopituitarismo congénito ou à exposição a radiações e quimioterapia. A microdontia localizada é mais comum e é frequentemente associada à hipodontia. Estes dois defeitos são controlados por diferentes mutações nos mesmos genes. Segundo vários autores, a microdontia tem uma prevalência que varia entre 2,3%, e 7,1%, e apresenta como dentes mais envolvidos os incisivos laterais superiores e terceiros molares superiores. O presente caso clínico apresenta uma microdontia bilateral de segundos pré-molares superiores, situação com uma prevalência muito baixa. A relação molar de Classe II completa à esquerda associada à microdontia de segundos pré-molares requer uma mecânica ortodôntica exigente em termos de ancoragem, uma vez que estamos na presença de uma ancoragem do tipo A. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino com 24 anos, mesofacial, Classe II divisão 2, padrão esquelético de Classe II, retromandibulia, incisivo maxilar retro? inclinado e extruído, incisivo mandibular pro- inclinado e dentes 15 e 25 microdonticos. Sobremordida horizontal de 2 mm e vertical de 5 mm. Apinhamento da arcada maxilar é de 2 mm e de 1 mm na arcada mandibular, com uma relação incisivo labial de 8 mm. Discussão e conclusões: Perante uma doente adulta portadora de uma má oclusão de Classe II divisão 2, com retromandibulia e ante a recusa de tratamento ortodôntico?cirúrgico? ortognático, a opção foi o tratamento ortodôntico de camuflagem. Iniciou? se a correção com uma intrusão dos incisivos centrais maxilares, seguindo- se o alinhamento e nivelamento das arcadas. A exodontia dos segundos pré?molares maxilares microdonticos implicou retração de primeiros pré?molares, caninos e bloco incisivo, num quadro de ancoragem máxima no segundo quadrante. Os meios auxiliares de ancoragem máxima utilizados foram micro-implantes. A presença de dentes microdonticos na ortodontia implica sempre diferenças relativamente aos valores da análise de Bolton e constitui um desafio em termos de finalização oclusal. Neste caso, a exodontia dos dentes microdonticos, na situação de ancoragem máxima aumentou a complexidade da mecânica ortodôntica utlizada para a correção da má oclusão.


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