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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 20


Casos Clínicos

#052 Papiloma escamoso do palato, infantil





Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 20
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Introdução: O papiloma escamoso é uma proliferação benigna do epitélio estratificado, que resulta num aumento de volume papilar ou verruciforme e atinge, mais frequentemente, a língua, os lábios e o palato mole. Existe uma relação clara entre o papiloma escamoso e o vírus do papiloma humano, sobretudo com os serotipos 6 e 11. Descrição do caso clínico: Trata?se de um caso de papiloma escamoso atingindo o palato duro e o palato mole, num rapaz de 9 anos de idade que se submeteu a biópsias incisionais, seguidas de eletrocauterização das lesões remanescentes. O estudo histológico confirmou o diagnóstico de papiloma escamoso, mas a pesquisa do vírus do papiloma humano por reação de polimerização em cadeia foi negativa. Ao fim de 2 meses, verificou? se restituição ad integrum. Discussão e conclusões: Apesar de existir uma clara relação etiopatogénica entre o vírus do papiloma humano e o papiloma escamoso, a literatura sugere que a presença do vírus pode ser um achado meramente incidental e permanece a dúvida de que todos os papilomas orais sejam de etiologia vírica. A infeção pelo vírus do papiloma humano é a infeção sexualmente transmissível mais comum, estimando?se que 80% da população mundial tenha um episódio ao longo da vida. Desde 2017, o Plano Nacional de Vacinação prevê a vacina ´HPV 9´, contra 9 serotipos (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58), aos 10 anos de idade, mas apenas para o sexo feminino. Esta vacina foi aprovada pela ´Food and Drug Administration´ para o sexo feminino (dos 9 aos 26 anos) e para o sexo masculino (dos 9 aos 15 anos). A carga de doença pelo vírus, no sexo masculino, é relevante e a forma de reduzir o risco, individualmente, passa pela vacinação. Quando a taxa de cobertura nas raparigas é muito elevada (como acontece em Portugal), os homens beneficiam de imunidade de grupo, mas, numa era de globalização, a circulação entre países pode colocar em risco os não vacinados. Por outro lado, os homens que têm contacto sexual com outros homens não beneficiam significativamente da imunidade de grupo. Assim, atualmente, é recomendada a vacinação dos adolescentes do sexo masculino. Nos doentes com infeção prévia pelo vírus do papiloma humano, parece continuar a haver interesse na vacinação, por ser protetora contra a infeção por outros serotipos.


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