Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 18-19
Casos Clínicos
#047 Reabilitação minimamente invasiva em dentição com desgaste severo
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 18-19
Go to Volume
Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
Keywords
Resumo
Introdução: A reabilitação protética com recurso a coroas de recobrimento total tem sido o tratamento recomendado para doentes com desgaste dentário severo. Atualmente, graças à melhoria das técnicas adesivas, as indicações para coroas convencionais têm diminuído, tendo vindo a ser proposta uma abordagem mais conservadora. No entanto, a reabilitação destes casos permanece um desafio dada a grande perda de estrutura dentária. Descrição do caso clínico: Doente sem registo de doença sistémica e com boa higiene oral. O exame clínico relevou abrasão dentária severa. A opção terapêutica compreendeu o diagnóstico e a reabilitação funcional provisória em posição terapêutica e a reabilitação minimamente invasiva, após o período de estabilização ortopédica, com onlays e facetas cerâmicas. Discussão e conclusões: Casos com elevada perda de estrutura dentária necessitam de um reequilíbrio ortopédico funcional prévio à reabilitação definitiva. A conjugação de técnicas de adesão e materiais reabilitadores adequados, permite a reabilitação minimamente invasiva, com preservação máxima de estrutura dentária. A erosão dentária é uma patologia frequentemente subvalorizada, que afeta um número cada vez maior de indivíduos jovens. Geralmente a destruição dentária resulta, não só da dificuldade inicial em estabelecer um diagnóstico, mas também da ausência de uma intervenção atempada. Assim, as reabilitações minimamente invasivas permitem uma maximização da estrutura dentária e uma baixa incidência de complicações. Esta opção terapêutica, resulta em grande satisfação protética, conforto psicológico, melhoria estética e saúde periodontal, para além de estabilidade a médio/ longo prazo.