Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 14-15
Casos Clínicos
#036 Tratamento multidisciplinar de incisivos centrais com reabsorção radicular externa
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 14-15
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
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Resumo
Introdução: Dado a sua prevalência em crianças e adolescentes, o traumatismo dentoalveolar têm? se tornado um problema de Saúde Pública. Pode ser resultante de uma queda acidental, acidente de viação ou desportos de contato. Devido à sua posição na arcada dentária, os incisivos centrais superiores são muitas vezes afetados, levando, a problemas estéticos, funcionais e fonéticos. O objetivo deste trabalho é ilustrar um procedimento clínico de apexificação com MTA do 11 e 21 e posterior adesão de facetas vestibulares diretas de compósito. Descrição do caso clínico: Paciente de 11 anos de idade, do género masculino, leucoderma, dirigiu? se à consulta de Odontopediatria na Clínica Universitária Egas Moniz, acompanhado de relatório do Hospital de Santa Maria, onde consta ter sofrido traumatismo crânio? facial em janeiro de 2016. Segundo o mesmo, o diagnóstico dentário, para além das fraturas, inclui intrusão do dente 11 e 21, com fratura complicada do 11 e fratura não complicada do 21, ´ferida inciso?contusa com deslocamento da gengiva e aparente fratura alveolar nas áreas de 11 e 21”. No mesmo dia realizaram exploração cirúrgica, reposicionamento no alvéolo de 11 e 21 com respetivas restaurações e ferulização de 12 a 22. Foi observado na Clínica Universitária Egas Moniz em junho de 2016 e verificou? se que o 11 e 21 apresentavam restaurações, férula, inflamação dos tecidos periodontais e fístula. Radiograficamente foi possível observar reabsorção radicular externa nos dois incisivos centrais superiores. Procedeu? se à apexificação do 11 e 21 com MTA e posterior reabilitação com facetas vestibulares diretas com compósito. Foram realizadas consultas de controlo de 1 mês, 3 meses e 6 meses, com exame clínico e radiográfico. Discussão e conclusões: Aos 6 meses de follow?up, parece haver estabilização da reabsorção externa de ambos os incisivos centrais superiores e dos tecidos periapicais, associado à estética dentária sem alteração da coloração. Assim a abordagem dos traumatismos deve ser multidisciplinar para o sucesso da reabilitação a longo prazo. É fundamental estabelecer um diagnóstico correto a fim de efetuar a terapêutica e técnicas adequadas a cada caso, resolvendo o problema no imediato e minimizar os prováveis efeitos adversos no futuro. Abordagens terapêuticas conservadoras e progressivas, complementadas com controlos clínicos e radiográficos, permitem a otimização e a manutenção dos resultados estéticos e funcionais.