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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 11-12


Casos Clínicos

#028 Coroa sobre implante – utilização de técnicas digitais





Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 11-12
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Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017


Introdução: As impressões digitais obtidas com scanners intra-orais apresentam-se atualmente como uma alternativa às impressões convencionais em elastómero. Ao realizar um fluxo digital onde a partir das impressões digitais são criados modelos que permitem o desenho e manufatura de restaurações protéticas construídas em sistemas CAD?CAM, poderemos aumentar a sua exatidão ao eliminar distorções e erros associados às técnicas de impressão e manufatura convencionais. De acordo com a literatura científica disponível este tipo de metodologia apresenta-se como uma alternativa credível, quer ao nível dos requisitos clínicos, quer ao nível de rapidez, em reabilitações orais parciais. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino de 42 anos de idade com ausência do dente 37. História clínica sem alterações relevantes. Foram realizados ortopantomografia e CBCT (Planmeca®), tendo sido detectadas 13mm de altura e 10mm de largura ósseas. Foi colocado um implante Straumann ® Bone level com plataforma 4,1mm (Ref.:021.5410). Decorridos 3 meses foram realizadas impressões digitais com o scanner 3Shape (Trios®, Denmark) utilizando um scan body aparafusado ao implante, criado um modelo digital. A nível laboratorial esse modelo digital foi utilizado para construir uma coroa em zircónia monolítica Prettau Zirkonzahn® com interface em titânio, pelo processo de fresagem. Foi pigmentada de acordo com a cor pretendida. Posteriormente a coroa foi ajustada e aparafusada na cavidade oral do paciente. Discussão e conclusões: A utilização desta metodologia digital permitiu: 1) Obtenção de uma boa adaptação à plataforma do implante confirmada a nível radiológico; 2) A adaptação nos contactos interproximais e na oclusão necessitou de ajustes mínimos, cumprindo deste modo os requisitos clínicos; 3) Uma melhoria de conforto ao nível do paciente, uma vez que não foram utilizados materiais passiveis de induzir reflexos de vómito; 4) Menor consumo de tempo clínico e tempo laboratorial na realização da coroa implanto-suportada. O resultado obtido coaduna- se com os resultados descritos na literatura e deste modo conclui- se que este caso pode- se considerar exemplificativo das possíveis vantagens da utilização desta técnica. Contudo convém ressalvar que a mesma requer um investimento em equipamentos considerável, devendo a sua utilização ser equacionada dentro do ambiente clinico individual.


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