Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
XXXVII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) Coimbra, 13 e 14 de outubro de 2017 | 2017 | 58 (S1) | Page(s) 1
Casos Clínicos
#001 Síndrome de Eagle
Article Info
Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac
Volume - 58
Supplement - S1
Casos Clínicos
Pages - 1
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Article History
Received on 30/12/2017
Accepted on 30/12/2017
Available Online on 30/12/2017
Keywords
Resumo
Introdução: O Síndrome de Eagle caracteriza- se por um conjunto de sinais e sintomas resultantes do alongamento do processo estilóide e/ou da calcificação do ligamento estilóide. Os sintomas são vagos e inespecíficos, difíceis de diagnosticar e inerentes a outras patologias. Este trabalho pretende relatar um caso de um doente do sexo masculino de 70 anos com dor orofacial por alongamento dos processos estilóides. Descrição do caso clínico: Sexo masculino, 70 anos, com sintomas de odinofagia, rouquidão e zumbidos com vários meses de evolução. Seguido em Otorrinolaringologia desde 2012 até 2014 sem resolução do caso clínico. Desde essa data, foi encaminhado para o Serviço de Estomatologia e Cirurgia Maxilo- Facial apresentando- se com sintomatologia dolorosa orofacial intermitente. Em 2016, foi- lhe diagnosticado Síndrome de Eagle após observação de apófises estilóides longas, bilateralmente, com calcificação do ligamento estilohióideu. Posteriormente, foi submetido a tratamento farmacológico e cirúrgico com resolução da sintomatologia. Discussão e conclusões: O Síndrome de Eagle tem uma grande variedade de apresentações clínicas com sintomas inespecíficos que são partilhados por diversas patologias. Representa uma doença de considerável morbilidade sendo, muitas vezes negligenciada, podendo a sua incidência real na população geral estar subestimada. Consequentemente, é fulcral um bom diagnóstico com meios auxiliares e exames físicos adequados. O tratamento pode ser feito através de uma abordagem farmacológica para alívio dos sintomas, contudo a estiloidectomia continua a ser o tratamento de eleição ajustando-se sempre a cada paciente.