Resumo

A investigação, as publicações e a apresentação pública em congressos e outras reuniões científicas ligadas à Medicina Dentária têm sofrido mudanças consideráveis no sentido de tratamentos dentários e de reabilitações orais em que a estética é o aspecto mais realçado. De facto, torna-se hoje evidente a mudança de paradigma na Medicina Dentária. As restaurações a amálgama ou noutros materiais “não estéticos” foram quase totalmente substituídas por restaurações de compósito, e num futuro que se prevê não muito distante, por restaurações de cerâmica feitas na mesma consulta clínica, com auxílio de aparelhos de CAD-CAM do tipo CEREC. Os espigões metálicos, que passaram do aço inoxidável para o titânio e até para a fibra de carbono por razões de biocompatibilidade, estão a ser substituídos por espigões de fibra ou de zircónio, atendendo a motivações biomecânicas e estéticas. Em Prótese Fixa e em Implantologia os falsos cotos em compósito e em cerâmica (alumina, zircónia) têm substituído progressivamente os metálicos. Estes últimos, quando utilizados, são muitas vezes mascarados pela sua ceramização. Em Ortodontia, os brackets estéticos são cada vez mais utilizados, e os tratamentos ortodônticos ditos invisíveis, do tipo Invisalign, não param de crescer.