Resumo

masculino tratados consecutivamente (29 sem extracções e 27 com extracções de pré-molares) foram analisadas, antes e depois do tratamento. Para cada radiografia foram utilizadas quinze medições lineares e quatro angulares que avaliaram a convexidade facial, a altura facial inferior, o grau de protrusão labial, o comprimento labial, o enrolamento labial, a exposição labial e dos incisivos superiores em repouso e a distância interlabial. Para cada variável foi calculada a média aritmética e o desvio padrão, antes e depois do tratamento. A comparação entre grupos foi efectuada com testes t de Student e o nível de significância fixado em p <0.05. Não foram encontradas diferenças significativas pré-tratamento, entre os grupos com e sem extracções, excepto nas medições da distância interlabial (p <0.05) e da exposição do incisivo superior em repouso (p <0.05) que foram significativamente superiores no grupo com extracções. Como resultado do tratamento, os indivíduos tratados com extracções evidenciaram uma redução estatisticamente significativa na protrusão do lábio superior (p <0.05), do sulco labial superior (p <0.05) e do lábio inferior (p <0.01); no entanto, a magnitude destas diferenças foi pequena, tendo sido encontrada uma grande variabilidade entre indivíduos. Não foram encontradas alterações significativas para as restantes variáveis. Os resultados indicam que: (1) a extracção de pré-molares não tem necessariamente um impacto negativo sobre o perfil facial; (2) no grupo de pacientes estudado, a decisão extracção versus não extracção envolveu outros factores, para além do perfil cutâneo.

Abstract

Pretreatment and post treatment lateral cephalograms of 56 consecutively treated young male adults (29 non-extraction and 27 treated with premolar extractions) were analyzed. Fifteen linear and four angular soft tissue measurements, evaluating facial convexity, lower facial height, lip protrusion, lip length, lip curl, vermilion height, incisor exposure at rest and interlabial distance were determined on each radiograph. For each variable, the arithmetic mean and standard deviation were calculated, before and after treatment. Student’s t tests used to compare the extraction and non-extraction groups. The level of significance was set at p²0.05. There were no significant differences between the pre-treatment values of extraction and non-extraction groups, except for the interlabial distance (p<0.05) and upper incisor exposure at rest (p<0.05) measurements that were significantly higher in the extraction group. As a result of treatment, subjects treated with extractions showed a statistically significant reduction in the soft tissue protrusion of upper lip (p<0.05), upper lip sulcus (p<0.05) and lower lip (p<0.01), when compared to the non-extraction sample; however, the magnitude of these differences was rather small and a great degree of individual variation was found. No significant differences were found for the remaining variables. The findings indicate that: (1) the extraction versus non-extraction decision does not necessarily have a negative impact on the facial profile; (2) in this group of patients, the extraction decision may have not been based primarily on soft tissue profile considerations.