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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial

SPEMD | 2007 | 48 (2) | Page(s) 67


Editorial

Editorial


  DOI:



Volume - 48
Issue - 2
Editorial
Pages - 67
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Received on 30/06/2007
Accepted on 30/06/2007
Available Online on 30/06/2007


A globalização, nas suas diferentes áreas e segundo a perspectiva em que é analisada, tem seguramente vantagens e desvantagens. O conhecimento mais rápido, quando não instantâneo, do que se passa em todo o lado, permite que aqueles que vivem mais ou menos isolados, por razões de área geográfica, de incapacidade ou dificuldade de deslocação ou outra, possam ter acesso a informação atempada e participar com muita facilidade nas actividades a que se queiram dedicar. Em Medicina Dentária, o acesso à informação científica e a contactos entre pessoas ou instituições, e as possibilidades de formação académica pré e pós-graduada esta cada vez mais facilitado. Esta “facilidade” tem como premissa o uso duma linguagem comum. Aos poucos o inglês ocupou o lugar de língua franca, em detrimento das línguas nacionais. De facto, quem pretender fazer uma pesquisa bibliográfica ampla sobre qualquer tema da nossa área científica e profissional, irá ter que utilizar o inglês. Os artigos que não estejam publicados nesta língua revelam-se inacessíveis para a maioria da comunidade internacional. Muitas instituições universitárias têm vindo a leccionar em inglês como forma de minimizar este isolamento e facilitar a sua internacionalização. Alunos estrangeiros podem assistir a aulas noutros países (integrados ou não em programas de cooperação). Professores ou conferencistas visitantes podem preparar e ministrar aulas em qualquer parte do mundo sem se preocuparem com a nacionalidade dos ouvintes. Em Portugal, aulas em inglês já ocorrem em múltiplas Faculdades. A sua inexistência noutras, nomeadamente na FMDUP, tem levado a que os estudantes do ERASMUS apenas sejam obrigados a assistir as aulas práticas, nomeadamente clínicas. Todos sabemos as condicionantes na escolha de conferencistas para os nossos congressos que não se expressem em português, seja de Portugal ou do Brasil. Ficamos reduzidos aqueles que se expressem em espanhol ou em inglês. E mesmo para estes tem muitas vezes de se recorrer a tradução simultânea, de custos elevadíssimos e com consequente perda de vivacidade da comunicação ou mesmo da sua qualidade, pois nem sempre é fácil contratar tradutores com prática na terminologia médico-dentária.


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